10 Gabinetes de Apoio ao Emigrante criados na região de Coimbra

Os Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE) já estão protocolados com 153 Câmaras municipais e 4 Juntas de freguesia, tendo gerado 30 mil atendimentos e três mil processos em 2018, informou o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

Para além dos GAE protocolados no território nacional, já fora criados Gabinetes em países com uma forte presença de Comunidades portuguesas, como é o caso da França (POntault-Combault, Cenon, Soufflenheim e Metz, Alemanha, Reino Unido, Brasil e Austrália, disse à Lusa José Luís Carneiro, no final da assinatura de protocolos para a formalização de dez Gabinetes de Apoio ao Emigrante de municípios da Região de Coimbra.

“Cada vez mais cidadãos que saíram durante a crise ou que saíram de Portugal na década de 60 desejam regressar e estas unidades de trabalho constituídas com os municípios constituem portas de entrada e de regresso no país”, vincou.

Em 2018, foram registados cerca de 30 mil atendimentos nos diferentes GAE, que deram origem a cerca de três mil novos processo, relativos a pedido de apoio relacionados com pensões, Segurança Social, recuperação de direitos sociais, acesso aos cuidados de saúde primário ou legalização de viaturas, entre outros, explicou.

Segundo José Luís Carneiro, só em 2018, o Estado conseguiu recuperar “sete a oito milhões de euros” de pensões de trabalhadores portugueses no estrangeiro.

No entanto, o secretário de Estado nota que os GAE estão a funcionar “a diferentes velocidades” nos municípios, sendo que alguns Gabinetes registaram mais de três mil atendimentos em 2018 e outros não registaram qualquer movimento.

Porém, José Luís Carneiro acredita que “há uma consciencialização cada vez maior dos autarcas” de que a diáspora é fundamental para o processo de internacionalização das empresas do território, bem como para a atração de novo investimento. “Há milhares de projetos que estão a ser desenvolvidos no país que têm origem na diáspora, seja no agroalimentar, hotelaria, restauração ou até as novas tecnologias”, sublinhou.

A assinatura dos protocolos que decorreu na semana passada na Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra acaba por concluir o processo nesta região. Com os dez municípios que assinaram o Protocolo com a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas – Cantanhede, Condeixa, Góis, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Penacova, Soure e Tábua -, todos os 19 municípios da Região de Coimbra vão passar a ter um GAE, explicou, durante a sessão, o Presidente da CIM, João Ataíde, que destacou o potencial de investimento dos emigrantes no território.

 

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LusoJornal