Home Cultura «Lusoscopie» promove cerca de 20 artistas portugueses em ParisLusojornal·23 Maio, 2018Cultura A segunda edição da «Lusoscopie» vai promover cerca de 20 artistas portugueses em Paris, ao longo deste mês e em junho, para mostrar a vitalidade da presença lusa no meio artístico parisiense. A iniciativa é de João Pinharanda, Diretor do Centro Cultural Camões em Paris, e vai reunir nomes como Vhils, Pantónio, Nuno Viegas, João Samina, MrDheo, Akacorleone, Gonçalo Mar, Mário Belém, Paulo Nozolino, Carlos No, Borderlovers (Ivo Bassanti et Pedro Amaral), José Loureiro, Alexandra de Pinho, Adriana Molder, Gabriel Abrantes, Beatriz Batarda, Alexandre Delgado e Fábio Godinho, entre outros. O objetivo «é mostrar em Paris uma série de artistas que têm uma presença regular e até comercial», explicou à Lusa João Pinharanda, sublinhando que juntou no programa exposições que já estavam previstas e um colóquio organizado em parceria com a delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian. «‘Lusoscopie’ é um nome que faz um jogo com ‘lusophonie’ – portanto, falar em português – e interroga se há uma maneira de ver em português ou de fazer ver em português e de comunicar visualmente em português», afirmou o também Conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris. João Pinharanda destacou que é, ainda, uma maneira de congregar exposições que mostram artistas portugueses, «num mês muito ativo, tanto do lado do design, como do lado da arquitetura, como do lado das artes plásticas, dos museus» e das galerias para dar a ver que «essa presença portuguesa – talvez por ser dispersa – é porque está inserida e integrada no tecido e na malha de funcionamento do meio artístico parisiense». Em destaque na «Lusoscopie» vai estar, por exemplo, a arte urbana, com a exposição de Alexandre Farto (Vhils) na galeria galerie Magda Danysz (paralela à mostra que vai estar patente no centro cultural Centquatre, de 19 de maio a 29 de julho) e a exposição «Made in Portugal», na GCA Gallery, de 09 de junho a 14 de julho, que vai juntar obras de Pantónio, Nuno Viegas, João Samina, MrDheo, Akacorleone, Gonçalo Mar e Mário Belém. A 18 de maio, foi inaugurada a exposição «Laisse toi faire», da dupla Borderlovers (Pedro Amaral e Ivo Bassanti), na galeria Shiki Miki, estando programada uma projeção vídeo, a 18 e 19 de maio, e uma homenagem a Maria Helena Vieira da Silva, a 20 de maio. Adriana Molder vai inaugurar uma mostra a 06 de junho, na galeria Álvaro Roquette & Pedro Aguiar Branco, e Alexandra de Pinho vai expor, a partir de 16 de maio, no Espace Carpeaux. No Salão do Imobiliário e do Turismo Português, de 18 a 20 de maio, na Porta de Versalhes, a «Lusoscopie» promoveu a presença de quatro ateliês de arquitetos do Porto: Luís Tavares Pereira, Paula Santos – Arquitetura, Alexandre Loureiro e Gabriela Pinto, e Jorge Garcia Pereira e Luís Albuquerque Pinho. No programa estão ainda incluídas exposições que já foram inauguradas, como a mostra «Isótopo» do artista José Loureiro, na Galerie Maubert, patente até 16 de junho, e a exposição de arquitetura «Carrilho da Graça: Lisboa», patente até 11 de maio, na École Nationale Supérieure d’Architecture de Paris-Val de Seine e de Paris-Belleville. A segunda edição do colóquio «La Voix aux Images – Sur Scène e Hors Scène» realizou-se a 17 de maio, na Gulbenkian de Paris, em parceria com a Embaixada de Portugal e o Camões – Centro Cultural Português em Paris, e pretendeu refletir o «universalismo» da língua portuguesa através de «diálogos entre o cinema, literatura, teatro, dança», acrescentou João Pinharanda. De manhã, o compositor e violetista Alexandre Delgado animou uma mesa redonda intitulada «Caminhos da ópera em Portugal», enquanto a historiadora de teatro Maria João Brilhante, a ex-Adida cultural do Instituto Francês de Portugal Chloé Siganos e a Diretora da companhia de teatro franco-portuguesa Cá e Lá, Graça dos Santos, falaram sobre «Mille plateaux entre la France et le Portugal». Depois, foi projetado o vídeo «Comer o coração», realizado por Helena Inverno, que retrata um trabalho de conceção e criação conjunta entre o escultor Rui Chafes e a coreógrafa e bailarina Vera Mantero. À tarde, a atriz Beatriz Batarda falou sobre a sua relação com o teatro, cinema e literatura, seguindo-se uma mesa redonda sobre a tradução e interpretação no teatro com os atores Fábio Godinho e Jacques Bonnaffé, a também professora de teatro Graça dos Santos e os tradutores Marie-Amélie Robilliard e Pierre Leglise-Costa. No final do dia, o realizador e artista plástico Gabriel Abrantes apresentou excertos dos seus filmes numa sessão intitulada «Neverland». A cidade de Lyon também entra na «Lusoscopie» com a exposição «Peut-être demain», do artista Carlos No, na galeria Elizabeth Couturier, de 17 de maio a 30 de junho. O programa está disponível na página internet do Camões – Centro Cultural Português em Paris: www.camoes-centreculturelportugais.org.