Portugal representado no Festival Eletroacústico de Monaco

Portugal esteve presente na 5ª edição do Festival de Música Eletroacústica 2019 que se realizou de 18 a 20 de avril, no Théatre des Variétés da Academia de Música Ranier III, em Monaco, e contou com a participação de 15 compositores e mais de 50 estudantes provenientes de vários países como a Argentina, Bélgica, Brasil, França, Itália, México, Portugal, Suécia e Suíça.

Orientados pelo compositor Jaime Reis, o Festival registou a atuação de um grupo de sete jovens alunos compositores da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), três da escola de Castelo Branco e quatro da escola de Lisboa, que apresentaram obras em estreia escritas especialmente para o festival.

Além destes alunos, atuaram também, individualmente, os compositores Jaime Reis, professor na Escola de Artes Aplicadas de Castelo Branco e na Escola Superior de Música de Lisboa, igualmente Diretor do Festival DME (Dias de Musica Eletrónica) que conta mais de 60 edições, e cuja música já foi apresentada em mais de 20 países; e João Pedro Oliveira, professor na Universidade Federal de Minas Gerais, no Brasil, e na Universidade de Aveiro, que conta com mais de 50 prémios internacionais.

“Embora ainda pouco conhecida do grande público nacional, a Escola Portuguesa de música eletroacústica é considerada uma das mais modernas e dinâmicas do mundo, desempenhado um papel de vanguarda num domínio altamente emblemático da arte contemporânea”, refere Jaime Reis.

A música eletroacústica faz parte da música contemporânea, ou seja, difere da música clássica na busca de novas linguagens e modos de expressão. Utiliza novas tecnologias para criar, transformar, misturar e espacializar o som. Esta música não se baseia na noção de “notas”, exceto no próprio material sonoro, sua morfologia, seu timbre, sua evolução no tempo e no espaço acústico. Os sons podem ser criados a partir de sons gravados e, posteriormente, transformados eletronicamente ou recriados por diferentes técnicas de síntese. A música eletroacústica é projetada em concerto através de uma série de altifalantes dispostos em torno do público, que lhe permite uma trajetória precisa no espaço da sala. Mas pode também ser combinada com a interpretação dos instrumentistas, vídeos, imagens de síntese, etc.

 

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