Baile brasileiro no L’Alimentation Générale em Montreuil

O grupo “Bécots da Lappa” esteve em concerto, no sábado passado na sala L’Alimentation Générale, em Montreuil.

O concerto transpõe os bailes do Rio de Janeiro para a sala parisiense através de vários tipos de música dançante como o samba, o choro e o forró.

Os “Bécots da Lappa” nasceram em 2010 do encontro de seis apaixonados pelo samba e pelo choro, com o objetivo de modernizar os clássicos brasileiros dos anos 40 e 50. O grupo comporta agora sete elementos: Charlotte Zanotti no Cavaquinho e voz, José Ferreira na guitarra de 7 cordas, Noëlle Vicet na voz e percussão, Giulia Tamanini no saxofone, Gwenaël Peron no trompete e voz, Frédéric Hervé na percussão e voz e ainda Thibaut Guériaux na percussão e voz.

Aos poucos o repertório dos “Bécots da Lappa” foi-se expandindo gradualmente, quer seja cronologicamente como geograficamente. Hoje, o repertório inclui obras de compositores contemporâneos como, entre outros, Hamilton de Holanda, Eduardo Neves ou Marco Pereira.

Oscar Barahona, especialista de músicas latino-americanas, afirma sobre os “Bécots da Lappa” na “La Tribune de la Musique” que “A sua bela performance no palco e o seu excelente repertório fazem com que seja uma surpresa muito agradável para todos os amantes da música popular brasileira instrumental e vocal de alto nível. O formato do grupo – trompete, saxofone, violão de 7 cordas, cavaquinho e percussão – permite apresentar os arranjos originais das peças de primeira escolha. Eles são capazes de tocar, entre outros, composições de Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Paulo Moura, Hamilton da Holanda, Marco Pereira e Cartola! Ambiente gafieiro (baile carioca) assegurado!”

Ao mesmo tempo, clube, sala de concertos e bar, o L’Alimentation Générale (ALG) recebe nos seus locais a diversidade num ambiente popular e agradável. Tal como o conceito de L’Alimentation Générale, a programação musical não tem o objetivo de se especializar num estilo específico, mas sim o do ecletismo com o desejo de abrir as mentes para a diferença e a diversidade. É possível beber um copo com os amigos, saborear cachorros-quentes no bar, ou iniciar-se ao boogie boogie ou à tarantella, assistir a um concerto de qualidade, um baile de musette e suar até o início da manhã ao som do eletro rock, groove do mundo, funk, soul, hip hop ou disco.

O ALG foi criado em maio de 2005 por Said Messous, do outro lado do periférico, na rua Jean Pierre Timbaud. Aos 18 anos, ele assumiu a direção do Bar du Marché, em Montreuil, e transformou-o rapidamente numa referência da cidade. Este é o início de uma aventura nos anos 93, com a conquista de La Grosse Mignonne, o Bal Perdu e La Folle Manche e depois a fusão destes projetos.

 

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LusoJornal