Covid-19: Duo Musicorba anulou digressão de dois meses na China

MusicOrba é o um projeto musical em França, dos pianistas Ricardo Vieira (Portugal) e Tomohiro Hatta (Japão).

Depois da aliança em 2010 – ano em que subiram ao palco para a celebração dos 150 anos de cooperação entre os dois países -, os pianistas continuam a imortalizar as obras para “piano 4 mãos”, formação considerada por muitos como a mais sublime da Música de Câmara.

Além dos clássicos, o duo luso-nipónico assume o dever na divulgação da música contemporânea, assim como a música dos países de origem de cada um dos pianistas.

Ricardo Vieira e Tomohiro Hatta também são professores de música, mas neste momento estão confinados em casa.

 

Como estão a viver este período de confinamento?

Estamos em França. Continuamos a trabalhar juntos, diariamente, o nosso piano, e a trabalhar à distância com os nossos alunos.

 

Tiveram muitos concertos anulados?

Sim, bastantes, nomeadamente o nosso regresso à Turquia, que estava previsto para 18 de junho, e uma tournée com mais de 40 concertos na China, de 9 de julho a 25 de agosto.

 

Quando esperam regressar à atividade?

Para já temos todos os concertos anulados ou suspensos… visto que muitos concertos deste ano foram anulados, provavelmente muitos concertos que temos já programados para 2021 serão para aqueles que viram os concertos anulados este ano… Não sabemos, ainda está muito confuso. Esperamos que o nosso concerto a 18 de outubro em Paris se realize, mas, como dissemos, todas as agendas devem provavelmente serem revistas.

 

Durante este período, têm aproveitado para novas criações?

Estamos a rever e a preparar novos programas. Apesar de vivermos na incerteza, temos que estar prontos para assumir qualquer espetáculo que nos seja proposto. Fizemos também um concerto em direto no Facebook, dedicado às crianças, com um reportório ligado à Disney, e não só!

 

Estão preocupados com a situação atual de pandemia?

Estamos preocupados com aqueles que mais gostamos, porque ambos vivemos longe das nossas respetivas famílias. Estamos preocupados com os mais frágeis. Certamente que o confinamento acentuou as desigualdades…

 

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LusoJornal