Empreendedor francês vai dar nova vida ao Mosteiro de São Salvador de Travanca em Amarante

No passado dia 13 de março, no momento em que Portugal e a França se preparavam para entrar em confinamento, o investidor francês Jean-Claude Frajmund, assinou o contrato de concessão do Mosteiro de São Salvador de Travanca, em Amarante, no âmbito do programa Revive.

No quadro do programa Revive, o Governo português identificou uma série de monumentos que estavam em mau estado degradação e ao abandono, para os cederem em concessão a investidores que valorizem estes espaços.

É o caso do Mosteiro de São Salvador de Travanca, fundado no século XII, que integra uma das mais belas torres medievais portuguesas e faz parte do percurso cultural da Rota do Românico.

Jean-Claude Frajmund vai reabilitar o Mosteiro e convertê-lo num estabelecimento hoteleiro de 4 estrelas, com cerca de 40 quartos, num investimento estimado em aproximadamente 2,3 milhões de euros.

O projeto turístico “deverá aliar a história do imóvel e o ambiente medieval, ao conforto e sofisticação da modernidade, com uma componente de saúde e bem-estar”, tendo abertura prevista para o início de 2023.

O concurso público foi aberto em 2019 para a concessão do Mosteiro “com vista à realização de obras incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, estabelecimento de alojamento local, na modalidade de estabelecimento de hospedagem, ou outro projeto de vocação turística”.

A conceção foi atribuída pelo período de 50 anos. Jean-Claude Frajmund vai investir cerca de 2,3 milhões de euros para uma área de construção de 4.248,96 m2 e vai passar a pagar uma renda anual de 27.618,00 euros.

O Mosteiro de São Salvador de Travanca foi abandonado em 1834 pela Ordem Beneditina, na sequência de políticas liberais do Marquês de Pombal, que ditaram a extinção das ordens monásticas, mas já no século XV viveu outro período de decadência.

Em 1939 foi concluída uma intervenção da então Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e passou a ser dependência hospitalar durante 50 anos. Foi ainda cadeia e escola.

Agora vai ser hotel de 4 estrelas.

 

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LusoJornal