Lusa | José Sena Goulão

Ensino do Português no Estrangeiro vai ter mais alunos, professores e computadores

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

A rede do Ensino de Português no Estrangeiro (EPE) terá mais professores e alunos no próximo ano letivo e contará com a “distribuição maciça” de computadores e conteúdos educativos atualizados aos estudantes e aos docentes, anunciou ontem o Governo.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, falava aos jornalistas no final da cerimónia de abertura do sexto encontro da rede EPE, que decorre hoje em Lisboa, com o tema “cultura portuguesa e a interculturalidade”.

Para o ano letivo 2021/2022, está previsto “um pequeno aumento no ensino básico e secundário, com 320 horários disponíveis”. São mais de 1.000 escolas em 750 localidades diferentes que serão cobertas por professores afetos ao instituto Camões, disse.

O Governo continuará a apoiar a “chamada rede paralela (escolas que beneficiam do apoio do Camões) e, no ensino superior, haverá um crescimento do número de cátedras e de centros de língua portuguesa e a consolidação dos leitorados e dos protocolos com instituições do ensino superior”, prosseguiu.

Segundo Augusto Santos Silva, o “grande avanço” que marcará o próximo ano letivo será “uma espécie de atualização sistemática da rede de EPE – básico, secundário e superior – , com tecnologias e equipamentos digitais que passam por um programa de distribuição maciça de pequenos computadores por alunos e pelos professores”, com os respetivos programas educativos, e pela digitalização sistemática do acervo do Camões com interesse cultural ou pedagógico, para ficar disponível a todos em quáquer ponto do mundo a qualquer hora”.

“Vamos também equipar sistematicamente todos os Centros culturais portugueses no estrangeiro e os Centros de língua portuguesa, com sistemas de tradução e sistemas informáticos que modernizem esses nossos equipamentos e facilitem o acesso à cultura e aos materiais pedagógicos e educativos”, adiantou o Ministro.

O objetivo do Governo é, segundo Santos Silva, proporcionar “uma distribuição generalizada, que todos os professores disponham de equipamentos informáticos necessários – não é apenas o equipamento, são os conteúdos educativos, didáticos e pedagógicos” e que junto dos estudantes exista uma distribuição maciça destes materiais: computadores e conteúdos.

Para esta iniciativa, que decorrerá nos dois próximos anos letivos, está prevista uma verba de 23 milhões de euros no Plano de Recuperação e Resiliência (PPR).

Encontro teve lugar na Gulbenkian

O 6º Encontro – Rede de Ensino Português no Estrangeiro – Cultura Portuguesa e Interculturalidade teve lugar esta sexta-feira, às 10h00, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) e online.

O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, fez uma intervenção na sessão de abertura, bem como o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa.

A sessão de encerramento contou com mensagens gravadas dos Secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, e das Comunidades portuguesas, Berta Nunes.

O 6º Encontro da rede, organizado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., pretende divulgar boas práticas desenvolvidas por docentes no contexto da rede EPE e, ao mesmo tempo, fomentar a reflexão sobre como otimizar o contributo decisivo dos professores e leitores da rede EPE na promoção da estratégia de internacionalização da Língua Portuguesa, nas suas diferentes valências e em todos os níveis de ensino.

A rede EPE concretiza a intervenção do Camões, I.P. nos níveis de ensino Pré-escolar, Básico, Secundário e Superior, conjugando-se nas valências de Língua Estrangeira, Língua Segunda e Língua de Herança, fortalecendo a sua posição internacional e o papel que cumpre junto das diásporas.

 

[pro_ad_display_adzone id=”38158″]

LusoJornal