Federação Portuguesa de Basquetebol Home Desporto Basquetebol: Portugal volta a perder com França na corrida ao MundialLusojornal·28 Fevereiro, 2022Desporto [pro_ad_display_adzone id=”38157″] A Seleção portuguesa de basquetebol voltou ontem a perder com a França, por 69-56, em encontro da quarta ronda do Grupo E da primeira fase de apuramento europeia para o Mundial’2023, mesmo sendo competitiva até ao fim. No Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, a formação das ‘quinas’, 58ª do ‘ranking’ mundial, esteve a vencer ao intervalo (35-34) a Vice-Campeã olímpica, quinta, saindo com uma imagem distinta da derrota encaixada na quinta-feira da semana passada em Dijon (56-94). Recuperado da infeção pelo Coronavírus, Rafael Lisboa sobressaiu com 14 pontos por Portugal, que ainda ‘sonha’ com uma inédita participação num Campeonato do mundo, à frente dos 11 de Sasa Borovnjak, dominador global da partida nos ressaltos, com sete. Amath M’Baye, com 16 pontos, e Sylvain Francisco, com 15, lideraram a França, terceira colocada nos últimos dois Mundiais, que, dada a quarta derrota lusa em igual número de jogos, garantiu uma vaga na fase seguinte, mesmo sem ‘estrelas’ como Rudy Gobert (Utah Jazz), Nicolas Batum (Los Angeles Clippers) ou Evan Fournier (New York Knicks). Na classificação da ‘poule’, que apura os três primeiros para a segunda fase, Portugal é último, com quatro pontos, e a França lidera, com oito, enquanto a Hungria venceu ontem Montenegro, por 88-84, igualando os balcânicos na segunda posição, com seis pontos. Os lusos visitam a Hungria e recebem Montenegro na conclusão desta qualificação, em julho, aportando hipóteses remotas de disputar o maior torneio mundial de Seleções, a decorrer de 25 de agosto a 10 de setembro de 2023, entre Filipinas, Japão e Indonésia. Ainda privado do Selecionador Mário Gomes, infetado pelo Coronavírus, Portugal usou o mesmo ‘cinco’ inicial do encontro anterior e, tal como em Dijon, voltou a entrar com maior dinamismo no ataque, comandando quase metade do período inicial (4-0, 11-8 e 13-10). A primeira desvantagem lusa foi consentida apenas aos 8.40 minutos (13-15) e revertida com um ‘triplo’ de José Barbosa, mas Gonçalo Delgado falhou um ‘afundanço’ quando seguia isolado para o cesto, permitindo aos gauleses ‘selar’ o parcial na frente (16-17). Os Campeões europeus em 2013 voltaram à quadra com maior pressão e confundiram momentaneamente o adversário, ao ‘cavar’ uma distância de oito pontos (18-26), que seria anulada (28-28 e 30-30) e revertida a caminho do intervalo (de 35-32 para 35-34). Incentivado pelas bancadas, Portugal surgiu no início do reatamento mais concentrado, aspeto que tinha sido fatal na quinta-feira, e forçou erros numa França desinspirada (39-36), prolongando o equilíbrio num terceiro quarto caracterizado pela baixa produtividade. Dois lançamentos livres e um ‘triplo’ em cima da buzina de Sylvain Francisco ‘cavaram’ seis pontos de diferença (43-49) à entrada para os 10 minutos finais, que seriam abertos com um parcial de 0-8 pela equipa de Vincent Collet, desnorteando os anfitriões (43-57). Portugal ainda encontrou frieza ofensiva para colocar a igualdade a duas posses de bola de distância (51-57), quando restavam 4.52, mas permaneceu três minutos em ‘branco’, favorecendo nova descolagem da França, que terminou com 12 pontos à maior (69-56). Declarações “Gostaria de expressar a nossa solidariedade com o povo ucraniano. Tivemos um Selecionador ucraniano [Valentin Melnychuk], temos um Treinador nas Seleções jovens ucraniano [Andrii Melnychuk] e temos um jogador aqui na Seleção com pais ucranianos [Vladyslav Voytso]. Estamos a sofrer com eles e é algo que não queremos deixar passar em branco” disse Sérgio Ramos (Selecionador-adjunto de Portugal). “Gostaria de acrescentar que este trabalho é do professor Mário Gomes. Não pode estar aqui por causa da infeção pelo Coronavírus, mas a forma como a equipa jogou é trabalho dele. Devemos estar orgulhosos do que fizemos e da forma como aceitamos o desafio. Demos o nosso melhor durante 40 minutos. Não fomos brilhantes, mas competimos. Na primeira parte, defendemos bem e podíamos ter saído com uma vantagem maior. Na segunda parte, foi mais difícil para nós, mas reagimos e não desistimos, algo que foi falado entre nós no balneário. Os jogadores têm de estar orgulhosos do que fizeram”. Já o jogador Rafael Lisboa afirmou que “fizemos um bom jogo. Não foi o suficiente para vencer a França, mas devemos estar orgulhosos do nosso trabalho. Lutámos até ao fim. Estamos a melhorar e queremos competir com este tipo de seleções. Só assim é que conseguimos evoluir e atingir voos mais altos. Fizemos um bom trabalho, que não foi perfeito, mas devemos estar orgulhosos do que conseguimos”. O jogador luso acrescentou ainda que “adoro jogar em Matosinhos. Para nós, é a nossa casa em Portugal. Sentimos muito a presença de todo o público e hoje precisamos de lhes agradecer. Queremos mais jogos assim com o pavilhão cheio. Vamos dar sempre o máximo pelo nosso país”. Portugal 56-69 França Ao intervalo: 35-34 Pavilhão: Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos Assistência: Cerca de 2.500 espetadores Arbitragem: letão Oskars Lucis, eslovaco Zdenko Tomasovic e sérvio Vladimir Jevtovic Portugal (56): Diogo Brito (9), Diogo Ventura, Miguel Queiroz (7), Diogo Araújo e Sasa Borovnjak (11). Jogaram ainda Vladyslav Voytso (2), José Barbosa (4), João Guerreiro (2), Francisco Amarante (5), Gonçalo Delgado, Rafael Lisboa (14) e Daniel Relvão (2). Selecionador: Mário Gomes (substituído no banco por Nuno Manarte, devido à Covid-19). França (69): Sylvain Francisco (15), Isaia Cordinier (5), Mathias Lessort (10), Lahaou Konaté e Louis Labeyrie (8). Jogaram ainda Amath M’Baye (16), Mouhammadou Jaiteh (6), Nicolas Lang (2), Terry Tarpey, Axel Toupane (2), Hugo Benitez e Axel Julien (5). Selecionador: Vincent Collet. [pro_ad_display_adzone id=”46664″]