Temporada’22: «Nem tudo o que vem à rede é peixe» em Villeneuve-St-Georges

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No domingo 20 de março, os alunos de Seconde e Première do Lycée Alexandre Dumas e da turma de Cinquième do Collège Verhaeren, que fazem parte da Secção Internacional Portuguesa de Saint Cloud (92), acompanhados pelas professoras Ana Cristina Martini e Carla Lourenço, bem como por alguns pais, mobilizaram-se com o objetivo de “salvar o planeta”!

Eles participaram numa limpeza das margens do rio Sena, para contribuir para uma França mais limpa, conscientes de que tudo o que vai parar ao rio, mais tarde ou mais cedo, irá dar ao mar. Esta foi uma das etapas do subprojeto «Nem tudo o que vem à rede é peixe», integrado no projeto «Porta-vozes dos Oceanos», organizado no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França 2022 e que envolve escolas francesas e portuguesas.

A operação de limpeza ocorreu no departamento do Val-de-Marne (94), mais concretamente na cidade de Villeneuve-St-Georges, pois é um dos departamentos mais poluídos da nossa região. Esta ação foi enquadrada pela Associação OSE, ou seja, “Organe de Sauvetage Écologique”, que costuma realizar este tipo de iniciativas um domingo de manhã por mês em toda a Île-de-France.

Perto da estação de RER, os alunos encontraram um cenário chocante, mas real: vários vestígios de noitadas à beira-rio como garrafas de plástico e vidro, latas, bidões, beatas de cigarro, partes de cadeiras, o esqueleto de uma motocicleta, enfim, tudo isto no meio de dejetos de toda a espécie!

Muito motivados, os alunos não hesitaram em “pôr mãos à obra”, para que tal fosse possível, as luvas e sacos do lixo foram fornecidos pelos membros voluntários da Ose, que contavam nesse dia com cerca de 50 participantes benévolos. E era urgente limpar o mais possível, porque alguns viram alguns cisnes que vivem no rio a tentar comer sacos de plástico!

Alguns alunos aproveitaram também para entrevistar Pascale Maignan, membro da associação há muitos anos que lembrou que «On peut aussi trouver des déchets de nos artisants, comme le plâtre ou les ferrailles, certains préfèrent les jetter à la Seine au lieu d’aller à la décheterie». Ela lembrou também que os fundadores da Ose teriam cerca de 15 anos quando começaram a interessar-se pelo problema e acrescentou que «nous recueillons 1 à 2 tonnes à chaque action et cela a tendance à augmenter, parce que la population augmente aussi».

Os alunos agradeceram as aprendizagens dessa manhã e ficaram contentes por ter contribuído para ajudar a natureza tão ameaçada pelo ser humano.

Neste momento, alguns dos plásticos encontrados estão em exposição no colégio e no liceu, chamando a atenção da comunidade escolar para o tempo de decomposição deste material em meio aquático. Devemos ter cuidado para evitar poluir desta forma, usando mais vezes o caixote do lixo, sem esquecer que, menos plástico, mais vida!

 

Julien Grahovic e Mathieu Esteves Martins

(alunos de 1ère, Lycée Alexandre Dumas)

 

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LusoJornal