Franceses instalados nos Açores querem reforçar segurança nas transações de ‘bitcoins’

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Dois jovens franceses radicados nos Açores estão a desenvolver uma ferramenta inovadora para reforçar a segurança das transações de ‘bitcoins’ e já despertaram o interesse de investidores de vários países.

Kevin Loaec e Antoine Poinsot, cofundadores da Revault, vivem há cerca de um ano e meio na ilha Terceira, nos Açores, e é a partir do Parque de Ciência e Tecnologia da ilha Terceira, o Terinov, que desenvolvem uma ferramenta digital que dizem ser totalmente nova para permitir reduzir riscos de roubo ou fraude nas transações de ‘bitcoin’.

O projeto recebeu investimento de 400 mil euros da Portugal Ventures, sociedade de capital de risco que integra o Grupo Banco Português de Fomento, mas, no total, já alavancou cerca de 1,5 milhões de euros de investidores de países como Estados Unidos da América, Canadá ou Suíça.

A ideia é gerir os ‘bitcoins’ exatamente como se fosse o nosso dinheiro num banco: podemos ter controlo da conta bancária, mas podemos dar acesso a transações a outra pessoa, impondo algumas restrições e limites. “Fazemos o mesmo com a ‘bitcoin’” explicou à Lusa, Kevin Loaec, 33 anos, que estudou física aplicada, mas desistiu da universidade e fundou a Revault com o sócio Antoine Poinsot.

Conseguiram angariar, logo no início do projeto, 500 mil dólares do acelerador de empresas Boost VC, sedeado em Silicon Valley.

Quando a pandemia de Covid-19 paralisou o mundo, Kevin Loaec estava em Lisboa a tentar criar a ‘start up’, mas o custo de vida da cidade levou-o a procurar outro destino e os Açores preencheram os seus requisitos.

“Tenho de viajar bastante. Este tipo de trabalho está relacionado com segurança e muitas coisas ainda são mais fáceis quando falamos com os clientes pessoalmente. Não queremos discutir assuntos de segurança por mensagem. Temos ferramentas, mas não é a mesma coisa. Tinha de estar perto de um aeroporto”, adiantou à Lusa.

“Foi assim que fiz a minha pesquisa: para onde posso ir, que não esteja muito longe de um aeroporto e seja um sítio agradável para viver, com uma elevada qualidade de vida e boas ligações de internet. Foi assim que descobri os Açores”, acrescentou.

Um ano e meio depois, o produto está praticamente pronto a colocar no mercado, mas Kevin Loaec admite que possa demorar algum tempo a ser comercializado, porque envolve “muito risco” e “quantidades elevadas de dinheiro”.

 

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LusoJornal