Livro “Tamem Digo” de Jorge Pinto, ilustrado por Júlia da Costa, vai ser apresentado no Consulado de Paris

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O livro “Tamem Digo – Uma História de Migrações”, de Jorge Pinto, com ilustrações de Júlia da Costa, vai ser apresentado nos salões Eça de Queirós do Consulado Geral de Portugal em Paris na próxima quinta-feira, dia 16 de fevereiro, 18h30.

“Acompanhando a vida da sua avó, o autor leva-nos numa viagem entre as aldeias do Marão e França, num percurso tão característico da diáspora portuguesa em França” diz uma nota do Consulado português enviada às redações.

Jorge Pinto nasceu em 1987 em Amarante, residindo fora de Portugal desde 2008. Ao nível da ficção, é coautor das bandas desenhadas “Amadeo” (Saída de Emergência, 2018, parte do Plano Nacional de Leitura), “Liberdade Incondicional 2049” (Green European Foundation, 2019) e “Tempo” (no prelo). Escreveu ainda as peças de teatro “Uma História Trágico-Marítima” (menção honrosa no concurso de 2017 do Inatel/Teatro da Trindade) e “Seis meses”. Ao nível da não-ficção é autor do livro “A liberdade dos futuros” (Tinta da China, 2021) e coautor do livro “Rendimento Básico Incondicional: uma defesa da liberdade” (Edições 70, 2019, vencedor do prémio de ensaio filosófico da Sociedade Portuguesa de Filosofia).

Considerado uma “homenagem a todos – e, desde logo, a todas – os que saíram do seu país”, eis um excerto do texto: “Ando há muitos anos para vos falar da minha avó. Como todas as avós, a minha é-me especial. Não estou aqui para vos convencer de que a minha avó é melhor do que as vossas, mas antes para partilhar convosco um pouco do meu privilégio de neto. Devo começar por dizer que não encontrarão nada de extraordinário nesta história. A Maria do Carmo, a Avó Carmo, foi e é uma mulher como tantas outras, com uma vida que poderia ter sido a das vossas avós, das vossas mães ou das vossas irmãs. Nasceu pobre numa aldeia no Norte de Portugal, sobreviveu, emigrou, regressou, tentou viver, amou e foi amada. Onde esteve, foi sempre uma entre muitos. E é por isso que quero falar dela. A História está cheia de heróis, falta-nos falar da gente comum, dos seus sucessos e falhanços, das suas alegrias e tristezas”.

“Tamem Digo” é ilustrado pela lusodescendente Júlia da Costa. A ilustradora cresceu em Vichy, onde trabalhou e experimentou diferentes técnicas como tinta, acrílico, lápis, colagem e digital. “Os seus projetos abordam temas como a saúde mental, identidade, feminismo e autoconhecimento. A sua inspiração vem dos seus estudos em psicologia clínica mas também do seu quotidiano, das histórias que a rodeiam” diz a nota do Consulado Geral de Portugal em Paris.

O trabalho de Júlia da Costa foi exposto em França, Portugal e EUA. Em 2019, fundou a galeria “Joia – Ourivesaria de Sentimentos” com Vital Lordelo, em Lisboa.

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LusoJornal