Cláudia Martins (Minhotos Marotos) apresenta livro na FNAC Paris Saint Lazare


Este sábado, dia 9 de março, às 16h00, vai ser apresentado, na FNAC Paris Saint Lazare, o livro “Desgarradas, Concertinas e Tradições” (editora Tradisom), “uma homenagem à cultura popular, enquanto traço característico de um povo” da autoria de Cláudia Martins, mentora e vocalista da banda “Minhotos Marotos” para perpetuar algumas das histórias vividas ao longo de 15 anos de estrada, mas acima de tudo aproximar o público das tradições.

O livro fala dos 15 anos do projeto musical Cláudia Martins & Minhotos Marotos, desde a génese, à evolução, e sendo inclusive revelados pormenores e histórias nunca antes contadas, mas fala também de tradições, do seu significado, da sua génese e ligação à contemporaneidade.

No livro fala-se de concertinas, indo mesmo à sua origem e aos cantares ao desafio. É ainda abordada a importância da música no crescimento do ser humano e no seu bem-estar.

A obra foi lançada a 6 de fevereiro, em Braga, e depois de Paris, vai ser apresentada em Viana do Castelo (13 de março) e em Guimarães (17 de março).

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Um livro com múltiplos contributos

O livro conta com um texto de Augusto Canário que explica a importância de continuar a cantar as tradições. O professor Capela Miguel vinca num texto essa importância da cultura e das tradições como traço característico de um povo. O professor Diamantino Ribeiro ajuda a perceber a importância e o impacto da música no conceito de bem-estar.

Dentro da equipa dos Minhotos Marotos, o “Road Manager” Telmo Ribeiro leva cada leitor para cima do palco ao revelar os pormenores que compõem a magia que está por trás de cada concerto, e a equipa de comunicação mostra, através de dados concretos, que aquilo que se faz no palco vai muito além do palco.

Filipe Gachineiro escreveu uma lição sobre a origem da concertina e ficou ainda disponível o método de ensino criado pela Cláudia Martins. Paulino Brasileiro fala um bocadinho daquilo que foi criar um trabalho único ao contar a história de Portugal em verso, cantando à desgarrada.

“Cada página do livro é um profundo agradecimento a quem acreditou, a quem ajudou, a quem fez parte, a quem nunca desistiu e tornou esta história de 15 anos possível” diz a nota de imprensa enviada às redações. “A simplicidade de cada página, tem por objetivo mostrar que as coisas bonitas da vida são assim mesmo, simples e eternas”.

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O incrível percurso de Cláudia Martins

Cláudia Martins é autora e intérprete das suas canções, e é conhecida pelas desgarradas. Na sua carreira conta com cerca de 18 álbuns editados e 5 EP’s.

Os mais de dois mil espetáculos levaram a tradição popular portuguesa aos cinco continentes.

Começou a tocar concertina, com 8 anos, tornando-se a mais jovem cantadeira ao desafio. Em 2009 criou o projeto musical “Minhotos Marotos”. O nome nasce fruto da fusão de dois aspetos essenciais: primeiro como homenagem à região que a viu nascer e, por outro lado, o duplo sentido das palavras que compõem as suas canções. Nesse mesmo ano lançou o seu primeiro disco intitulado “Minhotos Marotos”, onde popularizou a música “Marotos”.

Em 2017, uma situação inesperada, resultou na “Desgarrada à GNR”. Em plena A3, Cláudia Martins foi apanhada pelo radar em excesso de velocidade. Pagou a multa e em seguida cantou para a GNR. O momento foi captado por um telemóvel e rapidamente se tornou viral, atingindo milhões de visualizações em poucas horas.

Em 2024 a banda vimaranense celebra 15 anos de carreira e já com várias dezenas de espetáculos confirmados em Portugal e pelas Comunidades da diáspora. A efeméride é então assinalada com o livro “Desgarradas, Concertinas e Tradições”, que vai ser apresentado este sábado em Paris, e com um novo EP.

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“Vamos todos à Romaria”

Está já disponível nas plataformas um novo EP de Cláudia Martins & Minhotos Marotos, com três novos temas: “Aponta”, “Manter a tradição” e “Vamos todos à romaria”.

“Num almoço com Quim Barreiros, Armindo Afonso e Fernando Mendes, surgiu uma conversa em que alguém usou a expressão ‘aponta’, e o duplo sentido resultou numa música” lê-se no comunicado de imprensa.

“Manter a Tradição” é uma música com bastante significado, porque compila os vários temas de cariz tradicional e do Cancioneiro. Esta música tem na sua génese homenagear a cultura popular portuguesa.

Ainda com o carácter celebrativo, a música “Vamos todos à Romaria” aborda algumas das romarias de cada cidade do Minho. “Estes dias de festa são importantes para as comunidades, que com brio preparam cada detalhe e destacar estes pormenores é fazer a nossa homenagem. Nestas romarias acontecem muitos encontros de concertinas, encontros de folclore, muitas reuniões de família e amigos. É nestas festas que nascem muitos romances, histórias para contar, e em alguns casos o gosto pela música tradicional”.

LusoJornal