O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, admitiu ontem, em Maputo, existirem “problemas complicados” de natureza salarial com professores portugueses no estrangeiro, alertando não ter “soluções imediatas” face à situação política em Portugal. “Neste momento temos problemas complicados, problemas de natureza salarial e de carreira com vários professores que temos no exterior”, disse José Cesário.
Em causa estão as ameaças de greve dos professores do quadro da Escola Portuguesa de Moçambique (EPM) – tal como em escolas portugueses noutros países -, que reclamam das disparidades salariais e exigem iguais condições de trabalho com os profissionais em regime de mobilidade, admitindo, em 03 de março, recorrer à greve para exigir os mesmos direitos.
Os profissionais, entre outras, exigem a regularização dos seus contratos, incluindo o registo e consequentes descontos à segurança social.
“Não escondo a ninguém que neste momento a situação política não vai ajudar para termos soluções imediatas, vamos ter que aguardar, mas estamos muito atentos ao caso dos professores portugueses”, acrescentou o Secretário de Estado, sublinhando que o Governo português está a “tentar encontrar soluções”.