Cabo Verde inaugurou ontem o primeiro Espaço Diáspora para aproximar a Comunidade emigrada_LusoJornal·Comunidade·24 Dezembro, 2025 O Governo cabo-verdiano inaugurou ontem, na capital, Praia, o primeiro Espaço Diáspora no país, para acolher e aproximar a vasta Comunidade emigrada e o arquipélago, oferecendo serviços, encontros e local para eventos e debates. “Este espaço foi pensado como um ponto de acolhimento da diáspora cabo-verdiana, (…) onde os emigrantes podem reunir-se, organizar eventos e promover debates”, afirmou Martinho Ramos, Diretor-Geral das Comunidades. Criado em parceria com a Organização Internacional das Migrações (OIM), o Espaço Diáspora visa também responder às necessidades específicas dos cabo-verdianos que visitam o país, cuja comunidade emigrada se estima ter o triplo da população residente (cerca de 500 mil pessoas). O objetivo é ainda “promover sentimento de pertença, proximidade e inclusão”. Entre as valências disponíveis estão um balcão de atendimento ao investidor da diáspora, apoio jurídico, orientação migratória, serviços da Direção-Geral das Comunidades e um espaço para atividades culturais e académicas, incluindo exposições, debates e apresentações de livros. O Espaço Diáspora já está presente em Portugal e em Boston, nos Estados Unidos, e o Governo prepara-se para expandi-lo a todos os municípios de Cabo Verde. O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu à inauguração, afirmou que o projeto cumpre uma das vertentes centrais do programa do Governo: colocar a diáspora na centralidade das políticas públicas, aproximando-a de Cabo Verde e garantindo que os serviços necessários estejam à sua disposição. A representante da OIM em Cabo Verde, Quelita Gonçalves, sublinhou o compromisso da organização em continuar a apoiar a iniciativa. “O Espaço Diáspora é, acima de tudo, um símbolo de união, esperança e futuro. Que inspire novas gerações, fortaleça parcerias e continue a ser palco de sonhos realizados. Que cada cabo-verdiano, onde quer que esteja, sinta que Cabo Verde é sempre casa, sempre oportunidade, sempre família”, acrescentou. O Governo cabo-verdiano tem outras parcerias com a OIM, caso do Mapeamento da Diáspora no Mundo, uma operação estatística lançada em julho, que conta também com apoio do Banco Mundial. As remessas dos emigrantes para Cabo Verde são um dos pilares da economia e atingiram um recorde de 30,6 mil milhões de escudos (278 milhões de euros) em 2024. Estados Unidos, Portugal, Holanda, Luxemburgo e França são alguns dos países com maiores comunidades no exterior.