LusoJornal | Jorge Campos

A Pastoral Católica Portuguesa de Lyon já não tem Capelão

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O Padre Cónego Eric Besson cessou as suas atividade de Capelão responsável pela Comunidade católica portuguesa na Diocese de Lyon (69) desde o dia 1 de janeiro.

O comunicado enviado a todos os responsáveis dos polos da Comunidade, logo no início do ano, dizia: “Após a sua recente eleição como Deão do Cabido primacial de St. João, e no quadro da reorganização das suas missões, em diálogo com as autoridades diocesanas, o Rev.mo Sr Cónego Eric Besson ficará descarregado da sua missão de Capelão diocesano das Comunidades portuguesas a partir do dia 1 de janeiro de 2022”.

Esta notícia já era esperada pela Comunidade portuguesa da região de Lyon, pois desde o mês de junho que o Padre Eric Besson tinha cessado quase toda a atividade com a Comunidade. O polo catequese em Villeurbanne tinha ainda algumas diretivas da sua parte, mas as celebrações dominicais em português tinham cessado por completo desde o mês de julho. Eric Besson ainda organizou uma alternativa em duas paróquias para as celebrações da Eucaristia dominical, uma em St Bruno e a outra na Nativité com os atuais párocos franceses Matteo e Guyot.

“Toda a Comunidade está muito triste por estes acontecimentos e também esta situação que reduz o crescer na fé de cristão católico ao mínimo das possibilidades, pois mesmo se uma organização de celebrações eucarísticas continua de existir, em língua francesa, todas as outras atividades cessam temporariamente, e assim, deste modo não é viável esta situação, visto que os párocos que nos acolhem neste momento não têm tempo para manterem as atividades em função” disse ao LusoJornal Georgina Santos, elemento de longa data da Comunidade católica.

“Hoje, a Comunidade portuguesa, que seja em Lyon ou noutra parte, apresenta este distanciamento da prática religiosa católica, e também um grande desinteresse pela espiritualidade na sua vida ao quotidiano. A sociedade, e todo o seu consumismo e o materialismo, apoderaram-se das pessoas como sendo os principais valores da vida” acrescentou Eva Correia.

A Comunidade está consciente das dificuldades que a Diocese tem em encontrar um padre que seja lusófono, mas consideram que a situação é “muito inquietante e triste” pois não é só os Portugueses que se sentem abandonados, mas também as outras Comunidades lusófonas que residem em Lyon, como os Brasileiros, os Cabo-verdianos e os Angolanos que participavam nas atividades da Capelania. No total, o número seria perto de 70 mil pessoas que vão esperar este serviço da parte da Diocese de Lyon, que seria de terem de novo um “Pastor” que falasse a língua portuguesa e os acompanhasse e assistisse.

 

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