Amélie Diogo de Ascensão acaba de editar “Partir para uma vida melhor”

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Amélie (Amélia) Diogo de Ascensão nasceu em Juncais, uma freguesia do concelho de Fornos de Algodres, na Beira Alta, no início dos anos sessenta. No início da sua vida, acabou por seguir a vaga da emigração que saiu do país nessa década, acompanhando os pais quando tinha apenas 7 anos de idade.

Cinquenta anos depois, Amélie Diogo de Ascensão sentiu o desejo de contar o início da sua vida e sobretudo prestar homenagem ao pai, Fernando, e à mãe que ficou sozinha com cinco filhas, durante dois anos. Trata-se, pois, de uma história familiar.

“Eu não quero que toda a história do meu pai fique no esquecimento, que saia da minha memória. O que o meu pai passou, os sofrimentos, as dificuldades, os trabalhos e incertezas para tirar a sua família da miséria” contou ao LusoJornal. “Nós éramos sete pessoas em casa, os meus pais, as cinco filhas e durante algum tempo também a minha avó. Então o meu pai, muito cedo, nos anos sessenta, precisamente em 1965, pensou partir ‘a salto’ para França. Chegou primeiro a Paris, e depois viajou para a região de Lyon, mais precisamente para Poncettes. Alguns anos depois, voltou a Portugal, mas regressou a França, desta vez com toda a família, instalando-se em Grezieux-la-Varene, sempre na região de Lyon”.

Este primeiro livro de Amélie Diogo de Ascensão, tem interesse histórico, levando o leitor a mergulhar na história de uma família de Portugueses em França, desde os casamentos das irmãs, à própria evolução social e familiar da família.

“Eu não tenho a cultura portuguesa, mas sim a francesa, a minha formação literária e profissional é francesa, quando eu estava em atividade fui secretária de direção” explica a autora. “Eu gosto muito de escrever, mas em francês, por isso escrever este livro em francês foi fácil, mas, claro, relato os fatos da minha família portuguesa”.

Agora, Amélie Diogo de Ascensão gostava de traduzir a obra para português para dar a conhecer aos leitores lusófonos a epopeia da família e sobretudo do pai Fernando.

O livro foi editado pela editora “Les trois colonnes” e está à venda em várias livrarias francesas. Brevemente tem o projeto de realizar uma sessão de apresentação no Consulado Geral de Portugal em Lyon.

Amélie Diogo de Ascensão pensa já na ideia de um novo livro, um romance que, para já, não passa de um projeto de escrita.

“Tive muita pena quando o meu pai regressou ao país. Eu estava casada há menos de um ano e senti como uma rutura muito difícil de viver, como foram aqueles anos em que eu vivi em Portugal separada do meu pai que tinha viajado para França. Agora quero agradecer e homenagear o meu pai Fernando, escrevendo estas memórias”.

Neste primeiro livro, Amélie Diogo de Ascensão pretende deixar um traço escrito para os filhos e netos, sobre a vida familiar. Mas pretende também fazer com que muitos Portugueses se reconheçam e rememorizem certas passagens idênticas das suas vidas nesta epopeia da emigração dos anos sessenta.

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LusoJornal