Lusa / Rui Minderico

André Ventura foi o único convidado que não teve tempo para responder ao LusoJornal

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Para esta campanha eleitoral, o LusoJornal mobilizou-se para levar o máximo de informação possível aos nossos leitores. E um dos desafios era o de entrevistarmos todos os candidatos, interrogando-os sobre uma série de assuntos que selecionámos e que são complementares às entrevistas que habitualmente dão aos órgãos de comunicação social em Portugal.

Tiago Mayan, Marisa Matias, João Ferreira, Vitorino Silva, Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes, disponibilizaram-se para responder às perguntas do LusoJornal. Alguns deles responderam-nos já na meta final da campanha eleitoral. Muito solicitados, souberam tirar meia hora para nos responder e para se dirigirem aos Portugueses de França. Todos o fizeram com amabilidade e interesse.

No LusoJornal, todos os candidatos são tratados da mesma forma. Por isso, logo que a candidatura de André Ventura foi validada, formalizámos o nosso pedido de entrevista. Quando começou a campanha eleitoral, a assessora de comunicação disse-nos que o candidato tinha uma agenda muito carregada. Insistimos praticamente todos os dias, por rigor jornalístico. Disponibilizámo-nos para fazer a entrevista a qualquer momento, a qualquer hora, para adaptar a nossa agenda à do candidato.

Até hoje, o último dia de campanha, voltámos a insistir. “Como disse anteriormente não será possível” respondeu-nos a assessora de comunicação. “Presumo que esteja a acompanhar as notícias e tenha visto os momentos de tensão a que o candidato tem estado sujeito. A isto soma-se ainda o facto de termos estado a visitar duas cidades por dia o que deixa a agenda muito apertada. Lamentamos imenso a falta de disponibilidade mas garanto que não é por falta de vontade mas sim de tempo”.

Devíamos esta justificação aos nossos leitores, por questões de transparência. Para explicar aos simpatizantes de André Ventura que nos contactaram – e aos outros também – que o LusoJornal não tem tratamento diferenciado para com os candidatos.

Mas sentimos que este candidato em particular trata diferentemente os órgãos de comunicação social.

O trabalho do LusoJornal foi além das entrevistas aos candidatos, entrevistámos também mandatários, apoiantes, e informámos os nossos leitores sobre o número de eleitores inscritos, sobre a metodologia de voto, onde votar e como votar…

Também denunciámos as discriminações de que os Portugueses residentes no estrangeiro são alvo durante esta e outras eleições.

Se não foi o melhor, foi o trabalho que queríamos fazer.

Agora, são os eleitores que devem votar e escolher o Presidente da República Portuguesa.

Deixamos aqui a promessa que, se houver segunda volta, continuaremos a trabalhar este assunto com o empenho que já nos caracteriza.

 

Carlos Pereira

Diretor do LusoJornal

 

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