António Capela insiste e quer um Técnico de Serviço social no Vice-Consulado de Toulouse

O Conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito em Toulouse, António Capela voltou a escrever à Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas para solicitar o reforço dos funcionários do posto consular de Toulouse e em particular com um Técnico de serviço social.

António Capela tinha enviado uma primeira carta à Secretária de Estado Berta Nunes, mas o Conselheiro voltou agora a reagir.

“O trabalho do Vice-Consulado de Portugal em Toulouse e de qualquer dos seus funcionários não está em causa, nem nunca esteve. Não foi esse o fundamento da minha comunicação, que julgo ter sido mal interpretado. O posto consular de Toulouse e os seus funcionários fazem atualmente o melhor que podem com os meios que lhe foram disponibilizados”.

O Conselheiro das Comunidades queixa-se que a resposta de Berta Nunes estava “em linha” com o Direito de Resposta escrito pelo Vice-Cônsul de Portugal em Toulouse, publicado aliás pelo LusoJornal.

“Mais precisamente em relação às questões sociais, nunca foi posto em causa que estas não eram analisadas ou tratadas. No entanto, talvez haja diferentes interpretações do que faz um Técnico de serviço social ou das expectativas da Comunidade portuguesa na região” escreve António Capela numa carta que, desta vez, não enviou ao LusoJornal. “Outrora o Vice-Consulado teve um Técnico de serviço social, que quando foi para a reforma não foi substituído. Este Técnico acompanhava os Portugueses que o solicitavam aos serviços sociais franceses, colaborando na área das traduções e envolvendo-se diretamente em cada dossier. (…) Resolver um problema não é apenas informar (conforme afirma na sua resposta), é resolvê-lo de facto. Por exemplo, informar alguém que tem que contactar o Assistente social do seu local de residência para resolver o seu problema serve de pouco quando essa pessoa não sabe expressar a sua problemática em francês, não sabe onde encontrar o dito Assistente social (na Mairie, numa IPSS, numa associação local, num organismo público como a CAF,…)”.

António Capela referia-se ao trabalho realizado por M. Guimarães, Técnico de serviço social que ajudou muitos Portugueses no Vice-Consulado de Portugal em Toulouse e não foi substituído aquando da sua reforma.

“Como é sabido, desde o início do meu mandato que me bato por haver mais funcionários consulares, nomeadamente com valências sociais” diz o Conselheiro nas redes sociais. “Nestes últimos tempos, graças à pandemia, a falta de um Técnico de serviço social foi ainda mais notada e reportei o problema ao Governo, tal como foi noticiado no LusoJornal”.

António Capela escreveu à Secretária de Estado que o Vice-Consulado de Portugal em Toulouse já foi um Consulado Geral, que já teve um Técnico de serviço social, e lembra que “existem outros postos consulares em França com Técnico de serviço social (como Paris e Bordeaux), e em nada beliscam o trabalho dos titulares dos postos. São aliás uma mais-valia, que Toulouse não tem”!

Lembra também que o Vice-Consulado de Portugal em Toulouse já teve 11 funcionários e hoje tem 6, que o posto já esteve na lista de encerramento de postos consulares em França, “e por muita reivindicação da Comunidade portuguesa da região, onde me insiro e estive envolvido, não aconteceu”.

“Por esta evolução que aqui pode constatar, facilmente poderá tirar a conclusão que a Comunidade portuguesa se encontra hoje preocupada com os possíveis cortes que virão novamente. Com 2 funcionários à beira da reforma e toda esta evolução, estamos a criar as ‘condições ideais’ para que daqui a algum tempo nos venham dizer que Toulouse passa a Consulado Honorário. E depois virão centenas de razões injustificáveis para o facto” escreveu António Capela à Secretária de Estado. “É por isto que sempre me bati nos últimos anos e me vou continuar a bater publicamente. Na minha opinião, quem está hoje contra o reforço de funcionários do posto consular está contra a Comunidade portuguesa de toda a região consular. Pelas explicações aqui apresentadas, é por mais que evidente. Faz-se muito? Faz. Mas não é suficiente!”

 

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LusoJornal