LusoJornal / Mário Cantarinha

Asnières: Vasco da Costa diz que “com o tempo tudo voltará ao normal”

A Associação Franco Portugaise de Asnières-sur-Seine (92) tem um grupo folclórico que representa a região do Ribatejo.

O Presidente da Vasco da Costa confessa ao LusoJornal que a organização da Festa de Carnaval, algumas semanas antes da pandemia de Covid-19, talvez tivesse salvado financeiramente a associação.

Resta agora esperar que tudo volte à normalidade, mesmo se com regras de distanciamento social muito restritivas para as atividades associativas.

 

Qual o impacto do confinamento para a associação?

Não podemos fazer os nossos ensaios do rancho todas as sextas-feiras à noite como sempre fazemos e ainda bem que conseguimos fazer a nossa Festa do Carnaval no dia 29 de fevereiro, com 240 pessoas, antes de aparecer esta pandemia.

 

A associação teve muitos eventos anulados?

Sim, tínhamos muitas saídas agendadas com o nosso Grupo Folclórico. Foram todas anuladas, inclusivamente uma saída a Reims, em maio. Também tínhamos programado um Torneio de Sueca numa sala do município de Asnières e mais projetos.

 

Este confinamento trouxe problemas financeiros para a associação?

O mais importante foi não perder dinheiro. Conseguimos organizar nossa festa do Carnaval que nos ajudou um pouco mais no nosso equilíbrio financeiro. Infelizmente, a incapacidade de organizar festas e outro tipo de eventos faz com que a associação cresça de forma mais lenta

 

Quando espera que a associação volte às atividades?

Normalmente em setembro, se tudo correr bem.

 

Com que atividades?

No dia 5 de setembro participaremos no Fórum das Associações da cidade de Asnières.

 

Quais os primeiros eventos que espera organizar?

Estava previsto organizarmos um grande Festival de folclore com grupos Ribatejanos em outubro, agora estamos à espera de ver se há salas disponíveis para esse mês.

 

Acha que o público vai continuar a frequentar as associações?

Espero bem que sim, vai ser complicado porque as condições impostas pelo Governo e pela Prefeitura são um bocado severas, mas temos de respeitá-las e nos adaptar. Não podemos deixar de apoiar a cultura popular portuguesa em França.

 

Na sua opinião, as pessoas vão voltar às festas?

Esperamos que sim, pelo menos no futuro. No início tudo será diferente e teremos de nos ajeitar, mas com o tempo tudo voltará ao normal.

 

Depois da pandemia, o que pode mudar no movimento associativo português?

Vamos ter que nos adaptar a esta situação de organizar os nossos eventos de acordo com as diretivas da Mairie, do Governo e da Prefeitura. Em geral, as associações são financiadas com os eventos que fazemos, nos Festivais folclóricos e festas, nos bailes com jantares, mas agora penso que será mais complicado devido às pessoas terem que meter as máscaras. Não vai ser nada fácil, teremos certamente muito menos participantes em todas as nossas atividades, por isso temos de conseguir beneficiar de uma vacina para este maldito vírus.

 

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