Na sequência da morte do português de 69 anos, Lino Sousa Loureiro, natural de Ermesinde que, no sábado passado foi morto à facada quando tentava defender agentes da polícia em Mulhouse, a Associação Internacional dos Lusodescendentes (AILD), solidariza-se com a morte deste cidadão português, mas pede que “seja reconhecido pelo Estado francês o seu ato heroico, pela perda da sua própria vida em defesa de polícias franceses, perante atos terroristas”.
“A AILD está solidária com a família deste português e com a Comunidade portuguesa local que há muitos anos convivia de perto com Lino Loureiro, com destaque para o Grupo Cultural e Folclórico dos Portugueses de Mulhouse, no entanto, consideramos que esta morte inesperada deve ser reconhecida como um ato heroico de um cidadão português que perante um ataque terrorista, saiu em defesa dos polícias franceses que estavam a ser atacados, acabando ele por ser esfaqueado e morto”.
A associação pretende, junto das autoridades francesas, nomeadamente, o Município de Mulhouse e o presidente francês, “reclamar o reconhecimento heroico deste cidadão português através da atribuição, a título póstumo, da condecoração honorífica” e evoca a Médaille Nationale de Reconnaissance aux Victimes du Terrorisme.
Para a AILD, esta medalha “é uma ordem honorífica da França concedida àqueles que foram vítimas do terrorismo, como é o caso. F estabelecida pelo Decreto Presidencial de 12 de julho de 2016, pode ser concedida a franceses ou a estrangeiros vitimados pelo terrorismo em solo francês ou no estrangeiro. A ideia da sua criação veio após os ataques terroristas de janeiro e de novembro de 2015”.
“Esta condecoração honorífica não trará de volta à vida o cidadão Lino Loureiro, mas será naturalmente, uma forma de homenagear e honrar a sua memória e lembrar os valores de coragem e solidariedade perante a família, amigos e a Comunidade portuguesa local que com ele convivia diariamente”.