Associação Bem Unidos de Clermont-Ferrand organizou Magusto com folclore



Seis meses depois de ter mudado de Direção, a Associação Portuguesa Bem Unidos de Clermont-Ferrand organizou, no domingo passado, a habitual Festa do S. Martinho, com castanhas e vinho oferecidos gratuitamente aos sócios. Esta foi uma ocasião para que a Deputada Nathalie de Oliveira visitasse a associação.

Durante a tarde foram assados muitos quilos de castanhas vindas de Portugal e atuou o Grupo folclórico da associação. “O Grupo tem cerca de 40-45 elementos, entre tocadores e dançadores e representa o Alto Minho” explica Carlos Alves, o novo Presidente da coletividade. “Quando assumi a Presidência anunciei que a minha prioridade é o folclore, depois lá temos os almoços, jantares e as festas de vez em quando”.

“Gostava de aumentar mais o grupo de folclore, precisamos de mais gente para dançar e para tocar, andamos sempre a pedir e é complicado arranjar pessoas” confessa Carlos Alves. “Não é como antigamente, que havia pessoas que gostavam disto, agora os mais novos gostam pouco mais ou menos do rancho”.

Neste domingo, o grupo apresentou algumas crianças que desfilaram na frente e alguns dançaram mesmo algumas das danças. “É a nova geração que temos de treinar desde pequeninos, espero guardá-los muitos anos” diz Carlos Alves.

Duas vezes por ano, o Grupo atua no palco montado em frente da sede da associação e, segundo o Presidente, tem 4 ou 5 “saídas” por ano.

A associação tem cerca de 350 sócios. “São os sócios que fazem viver a associação” diz ao LusoJornal. Oferecer as castanhas é um gesto habitual em direção dos associados. “As castanhas e vinho são oferecidos, tudo é por conta da associação. O objetivo é guardar os sócios e que eles estejam contentes. Sem sócios, isto não seria nada”.

.

Duas associações portuguesas lado a lado

Fundada em novembro de 1981, a Associação Portuguesa Bem Unidos tem uma sede alugada mesmo ao lado de uma outra associação, a “Biblioteca Portuguesa”. Contrariamente ao que o nome pode deixar prever, a Biblioteca Portuguesa tem como única atividade… o futebol.

As duas associações pagam o aluguer dos espaços respetivos, servem almoços e jantares, têm bares e permitem aos sócios de jogarem às cartas e terem momentos de convívio.

O LusoJornal interrogou o Presidente Carlos Alves se não tinham ainda pensado fusionar as duas coletividades, guardarem as atividades de cada estrutura e diminuírem por dois as despesas.

“A minha associação é folclórica, a outra é de futebol, a gente entende-se bem, mas não tem nada a ver uma com a outra. Entre os dois Presidentes entendemo-nos bem, mas cada Direção tem a sua massa associativa” respondeu Carlos Alves. “É difícil, quando uma é mais do Minho e a outra é mais Transmontana… é difícil juntar as duas. Cada um ocupa-se da sua e é assim que se passa”.