Tourcoing: Associação Vivências do Minho lança campanha inédita de recolha de fundos

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A Vivências do Minho, sediada em Tourcoing (59), lançou uma campanha para recolher fundos, mas sobretudo para angariar novos membros e sensibilizar para a importância da cultura portuguesa, anunciou hoje uma responsável da associação.

Em declarações à Lusa, Virginie Vila Verde, Secretária-tesoureira da associação, explicou que o mote da campanha – “Pelo preço de um hambúrguer, podes salvar uma associação” – surgiu de uma conversa com um sócio sobre a quota de 10 euros.

Assim nasceu o conceito da hashtag #pourleprixdunMcdotusauvesuneasso (literalmente pelo preço de uma refeição no McDonald’s tu salvas uma associação) que acompanha o pedido de ajuda desta associação portuguesa e que tem feito sucesso nas redes sociais.

“A campanha começou entre o Natal e Ano Novo e o balanço é positivo porque estamos a ter visibilidade”, disse Virginie Vila Verde, que gere também as redes sociais da associação.

No entanto, o intuito da campanha vai para além da angariação de fundos. “É uma sensibilização para o facto de o movimento cultural estar a morrer. Nós somos poucos e nem sempre conseguimos investir nos materiais que nos permitem fazer um trabalho mais aprofundado”, declarou.

Apesar de ser uma das cidades em França com mais portugueses, Virginie Vila Verde considera “que não há movimento para manter a cultura portuguesa” em Tourcoing e afirma que desde o início da pandemia já perdeu metade dos efetivos do seu rancho. “Se não há voluntários, não há associações. Se não há associações, não há aulas de português, não há folclore, nem animações, nem festas”, resumiu a associativista.

Devido às atuais condições sanitárias em França, este rancho que recria quadros de vida do Minho nos inícios do século XX teve pouca atividade em 2020, já que em muitos períodos nem os ensaios foram permitidos, mas não ficou parado. “Fomos fazer passeios, fomos fazer visitas culturais e até ensaiámos ao ar livre. Também participámos nalguns desafios nas redes sociais ligados à dança”, concluiu Virginie Vila Verde.

 

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LusoJornal