O cidadão português de 69 anos que morreu ontem em Mulhouse ao tentar interferir no ataque com faca de um cidadão argelino chamava-se Lino Sousa Loureiro e morava a escassos 500 metros do sítio onde faleceu. Era de Ermesinde e emigrou em 1992 confirmou ao LusoJornal Rui Barata, Conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito em Strasbourg.
“Era alguém de pacífico” diz o Conselheiro. Lino Sousa Loureiro frequentava a Associação portuguesa de Mulhouse onde costumava jogar as cartas. Era conhecido pelo “Artur Jorge” por ter um bigode semelhando ao do Treinador de futebol. Era casado e tinha um filho.
“A Comunidade portuguesa na área consular de Strasbourg lamenta a morte do seu compatriota residente há́ vários anos na cidade de Mulhouse” diz Rui Barata ao LusoJornal. “Era um homem apreciado pela Comunidade e que participava regularmente nas atividades organizadas pela Associação portuguesa de Mulhouse”.
O agressor já era conhecido pela polícia e pelos serviços de investigação. Tinha 37 anos, era argelino, tinha mandato de expulsão do território francês e foi imediatamente detido. Emmanuel Macron disse não haver dúvida de que o ataque com uma arma branca foi um “ato de terrorismo” e “islâmico”.
“Estamos conscientes que a Comunidade portuguesa residente em França enfrenta atualmente grandes desafios, mas não devemos ceder ao medo e à intimidação por parte de alguns grupos extremistas ou forças políticas extremistas presentes na sociedade francesa” assume Rui Barata. “Temos de manter a coesão e a solidariedade entre os povos e expresso publicamente que devemos louvar e destacar este ato de grande coragem e heroísmo que o Sr Lino demonstrou ontem em Mulhouse”.