Atentados do 13 de novembro de 2015: Terrorista Ismael Omar Mostefai era filho de uma portuguesa


O primeiro dos autores dos ataques de Paris identificado pela polícia, Ismael Omar Mostefai, era filho filho de uma portuguesa e de um argelino.

Ismael Omar Mostefai, 29 anos, identificado pela polícia a partir das impressões digitais, foi um dos três atacantes que se fizeram explodir na sala de concertos Bataclan. Viveu com os pais perto de Chartres e o então Maire Jean-Pierre Gorges, identificou-o depois de a polícia divulgar o nome. Segundo um vizinho, Ismael Omar Mostefai era um dos cinco filhos de uma portuguesa e um argelino, “uma família normal, como todas as outras”.

“Ele brincava com os meus filhos. Nunca falava de religião, era normal. Tinha alegria de viver, ria-se muito”, disse, na altura, o vizinho.

Ismael Omar Mostefai nasceu na cidade de Courcouronnes, nos arredores de Paris, e cresceu nos arredores de Chartres, onde viveu até 2012. O então Procurador de Paris, François Molins, disse que Mostefai era conhecido das autoridades por pequenos delitos cometidos entre 2004 e 2010 e era vigiado desde então por ter desenvolvido ideologia islâmica radical.

No entanto, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse que, no Consulado de Portugal em Paris e no Registo Civil, não consta o nome do terrorista Ismael Omar Mostefai, apontado como filho de mãe portuguesa. “Ele não é português”, disse à Lusa José Cesário, que, na altura era Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, afirmando não dispor de informação que permita corroborar a notícia.

Um dos amigos do terrorista diz que mergulhou na religião. “Abandonou todos os atos de delinquência. Entrou na religião, mas numa religião simples, vamos dizer. Acalmou completamente. Parou de beber e de fumar. Continuou simples”.

Mas o Maire de Chartres confirmou que Ismael Omar Mostefai se radicalizou num local de oração da cidade. O imã desta mesquita, que veio da Bélgica, era radical e foi afastado daquela mesquita. Na altura o LusoJornal noticiou que Ismael Omar Mostefai foi à Turquia em 2013 e a Polícia tentava perceber se nessa altura ele não teria seguido até à Síria.