Athis-Mons: Festival Guitar’Essonne presta homenagem a Carlos Paredes no ano em que faria 100 anosCarlos Pereira·Cultura·12 Novembro, 2025 No quadro da 25ª edição do Festival Guitar’Essonne que vai ter nos dias 14, 15 e 16 de novembro em Athis-Mons, vai ser prestada uma homenagem ao guitarrista português Carlos Paredes. O festival tem a direção do músico português radicado em França, Quitó de Sousa Antunes. O primeiro concerto do festival vai ter lugar na sexta-feira, 14 de novembro, às 20h30, na Igreja Saint Denis, na Place de l’église, em Athis-Mons, num diálogo entre Tiago Matias (viola barroca) e Juan Lorenzo (viola flamenca). No último dia do festival, dia 16 de novembro, às 17h00, vai ter lugar um concerto com a Orchestre Guitar’Essonne, dirigida por Quitó de Sousa Antunes, a Orchestre de Guitares du CRD de Noisiel e o Guitare Ensemble de Paris. O concerto vai ter lugar na Résidence Saint Jean de La Salle, 1 rue Paul Vaillant Couturier, em Athis-Mons. No sábado, dia 15 de novembro, estão previstos dois concertos na Salle Lino Ventura (4 rue Samuel Deborde). Às 17h00 está programado um concerto com Vasco Grãos, primeiro prémio do Concurso do Fundão e Francesco Tizianel (fingerstyle). Ainda no sábado, às 20h30, vai então ter lugar a homenagem a Carlos Paredes com Filipe de Sousa, Gabriel Guillen, le Quatour Parnaso, l’Ensemble Orchestral Athégien, com direção de Quitó de Sousa Antunes e o maestro convidado Jean-Marie Raymond. . Um dos maiores guitarristas de sempre Carlos Paredes foi um dos maiores guitarristas portugueses, conhecido por revolucionar a guitarra portuguesa e elevar a sua expressão artística a novos patamares. Nascido em Coimbra em 1925, Carlos Paredes herdou uma rica tradição musical familiar: era filho de Artur Paredes, mestre da guitarra de Coimbra, e também neto de guitarristas. Começou a tocar guitarra portuguesa ainda criança, sob orientação do pai, e rapidamente desenvolveu um estilo próprio, distinto do dos seus antecessores. Embora tenha estudado violino e piano, foi com a guitarra portuguesa que encontrou a sua verdadeira voz artística, tornando-se um símbolo da cultura portuguesa. Durante a sua carreira, Carlos Paredes compôs para teatro, cinema e bailado, sem nunca se profissionalizar como músico – trabalhou por décadas como funcionário administrativo no Hospital de São José. Foi preso pela PIDE em 1958 por ser militante do Partido Comunista Português, o que o afastou temporariamente da função pública. Mesmo assim, a sua música ganhou projeção internacional, com obras como “Movimento Perpétuo” e “Guitarra Portuguesa”, e parcerias duradouras com músicos como Fernando Alvim. Faleceu em Lisboa em 2004, deixando um legado artístico que transcende fronteiras e gerações. . Reservas para os concertos: 06.98.26.01.53