Apesar das nossas diferenças, todos procuramos o mesmo: ser felizes. No entanto, se perguntarmos às pessoas onde estão a procurar a felicidade, as respostas serão, certamente, muito diferentes. Alguns dirão que o segredo está numa vida familiar harmoniosa; outros falarão de saúde e trabalho; vários indicarão a estrada da diversão e do lazer; muitos dirão que a resposta está no dinheiro e na fama.
No próximo domingo, dia 17, Jesus troca-nos as voltas e ensina-nos que a felicidade será alcançada pelos pobres, os que têm fome, os que choram, os que são odiados, rejeitados, insultados e infamados por causa do Filho do homem (cf. Lc 6,20-23).
Estas bem-aventuranças são o âmago (o centro) da Boa Nova proclamada por Jesus. Revelam-nos um outro olhar e uma outra lógica. O Filho de Deus olhou para a multidão, viu pobres, aflitos, doentes e toda uma série de situações que não correspondiam à ideia mundana de felicidade. Jesus ensinou-nos que estas experiências não são sem esperança. Aliás: são caminhos que podem conduzir à felicidade se, iluminados pela palavra de Deus, nos disponibilizarmos a acolher e a construir o Seu Reino. Tal como dizia São Paulo: «Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada? (…) nem a morte nem a vida, nem os Anjos nem os Principados, nem o presente nem o futuro (…) poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, Nosso Senhor» (cf. Rom 8,35-39).