Boa Notícia: Pão para a alma


No Evangelho deste domingo, dia 18, continuamos a leitura do discurso sobre o Pão da Vida, uma longa catequese que nos acompanha há já quatro semanas e que começou com o prodígio da multiplicação dos pães.

Jesus, que é Caminho, Verdade e Vida, diz-nos que ele é «o pão vivo que desceu do Céu». O pão, como bem sabemos, é feito para ser comido. Mas, para o comer, é preciso ter fome. Como podemos compreender o que significa ser cristão se perdemos a fome de Deus? Fome de o conhecer, fome de o anunciar àqueles que ainda não o conhecem, fome de o partilhar, como partilhamos o pão à mesa.

Tal como as guloseimas e os petiscos estragam o nosso apetite e nos impedem de aproveitar plenamente uma refeição boa e equilibrada, também a fome de Deus anda escondida e diminuída pelo consumo de bens materiais, pela satisfação de prazeres terrenos, pela procura de alegrias parciais, artificiais e temporárias.

O pão que Cristo oferece na Eucaristia «não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».

Não é um apenas um pão para o corpo, mas é um pão para a alma.

Não é um alimento para a “vidinha”, mas é promessa de uma vida plena, bela, autêntica.

É vida nova, é vida eterna.

É comunhão profunda com a vida do Eterno.

É união sacramental com a vida de Deus.

Este pão não prolongará a nossa existência na terra, mas mudará a qualidade e a profundidade de cada momento da nossa vida.

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Jesus, não só nos dá a verdadeira vida, mas alimentarmo-nos d’Ele leva-nos a viver para Ele. Vejo-o na minha própria vida: quanto mais contemplo o Evangelho e escuto o Mestre da Galileia, quanto mais medito os ensinamentos de Jesus e comungo do Seu Corpo e Sangue, mais cresço na Fé, na Esperança e na Caridade. Mais perto estou de Deus e mais aprendo sobre mim e sobre os outros.

Façamos das nossas Eucaristias um banquete de luz, fé e graça! Deixemos que o Senhor sacie a nossa fome e vivamos juntos na comunhão que Ele nos quer doar: comunhão com o Eterno e comunhão entre nós, pois é junto ao altar que nos reconhecemos irmãos e irmãs, filhos e filhas de um mesmo Pai, membros da grande família cristã!

LusoJornal