Boa Notícia: Roma em festa!


A festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão – catedral do Papa e “mãe” de todas as igrejas – é uma ocasião para meditar dois temas: o sentido cristão do templo e o papel de Roma na Igreja Católica.

Para nós cristãos, Jesus é o novo Templo onde se adora o Pai “em espírito e verdade” (Jo 4,24). Graças ao mistério da Incarnação, caiu a separação entre sagrado e profano: qualquer lugar pode tornar-se lugar de encontro com Deus. Porém, se Deus pode ser adorado em todo o lado, para que servem as igrejas, o Domingo e a Missa?

A resposta é simples: Jesus não veio ao mundo para nos salvar separados, um a um, mas sim, para formar um povo, uma comunidade, uma família. As igrejas (com letra minúscula) são importantes principalmente porque são os locais onde se reúne a Igreja (com letra maiúscula) a assembleia (ecclesia) dos que acreditam em Cristo e onde se cumpre a promessa: «onde dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18,20).

Sem a Igreja, cai-se numa fé prisioneira do subjetivismo e corre-se o risco de reduzir Deus a uma projeção dos nossos desejos e necessidades. Aliás: quem vos garante que eu próprio não esteja apenas a anunciar um “deus” criado à minha imagem e semelhança? Também neste caso a resposta não é complicada: é a comunhão com a Igreja de Roma que garante a interpretação católica do Evangelho de Cristo. Celebrando a festa da catedral romana, recordamos a importância da união na Igreja. É a comunhão com Roma que assegura a fidelidade entre a Palavra revelada por Cristo e as palavras com que hoje anunciamos o Evangelho.

Peçamos hoje a graça de amar a Igreja como casa onde Deus nos reúne e envia. Se Cristo é o novo Templo, a Eucaristia dominical é o coração que nos mantém vivos: dela nascem a comunhão, o perdão e a missão. Renovemos, pois, a nossa adesão à Igreja, não por hábito, mas por fé; não por tradição, mas por amor.