Boa Notícia: Ver para crer


Em todo o mundo existem apenas três igrejas construídas sobre túmulos dos apóstolos de Cristo. A mais conhecida é a Basílica de S. Pedro, erigida sobre o túmulo de Simão Pedro em Roma, na Itália. Depois temos a Catedral de Santiago de Compostela, em Espanha, construída sobre o túmulo de Tiago, filho de Zebedeu e irmão de S. João Evangelista. A terceira é o Santuário Nacional de S. Tomé de Meliapore, na costa ocidental da Índia. Quando em 1522, os navegadores portugueses chegaram a este território, encontraram uma comunidade vivaz de cristãos, que atribuíam a própria evangelização ao esforço missionário de S. Tomé. O Apóstolo fora martirizado no ano 72 (trespassado por uma lança hindu) e, desde então, a comunidade cristã conservava com devoção os seus restos mortais numa pequena capela subterrânea, já mencionada nos diários de viagem do grande explorador veneziano Marco Polo, que a visitou em 1292.

Infelizmente, quando se fala de S. Tomé, quase nunca se recorda o seu ardor missionário, a vida de santidade, ou o martírio corajoso. O que recordamos facilmente é a incredulidade face à notícia da Ressurreição: «se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». No entanto, Tomé nunca abandonou a Igreja. E o evangelho desta semana diz-nos que foi na comunidade que ele, oito dias depois (domingo…), finalmente encontrou Jesus ressuscitado.

Há aqui uma importante lição! Não é sensato procurar o Senhor em experiências solitárias e egoístas: Ele prefere revelar-se no diálogo comunitário, na Palavra partilhada, no Pão repartido e no amor que une os irmãos.