LusoJornal | Mário Cantarinha

“Borda d’Água” de Chaville procura elementos para voltar a dinamizar o grupo de folclore

[pro_ad_display_adzone id=”41080″]

 

A paragem de quase três anos por razões de pandemia, causou muitos problemas a muitas associações e a Associação Cultural dos Portugueses de Chaville tenta agora voltar a ativar o grupo de folclore Borda d’Água.

“Com a crise que houve, o grupo de folclore teve de parar. A Mairie não nos cedia os ginásios para ensaios e por enquanto ainda não recomeçamos” diz Amândio do Carmo, o Presidente da associação. “Vamos tentar recomeçar no próximo mês”.

“Temos muita dificuldade para mobilizar. As pessoas tomaram outros caminhos, mas eu acho que vamos conseguir” diz ao LusoJornal.

Retomar o grupo de folclore é agora a principal prioridade da Direção. “A maior parte dos jovens foram embora, mas os que ficam querem muito retomar” confirma o Vice-Presidente Aníbal da Costa, argumentando que “falta gente para dançar, mas sobretudo um acordeonista”.

Esta foi uma das primeiras associações portuguesas a terem um grupo de folclore em França. “A associação de Chaville foi declarada em 1980, mas em 1979 já existia o grupo de folclore, mesmo se ainda não declarado” explica o Presidente que carrega com ele o peso da história. “O nosso grupo já existe há mais de 40 anos e agora não queríamos parar. Vamos ter grandes dificuldades, mas pouco a pouco se vai longe”.

Com 25 anos de idade, Adriano Pereira, o Secretário da Direção, diz que a mãe já dançava no grupo quando era pequena, depois foi a acordeonista. Também ele dançou muitos anos, como a mãe, antes de assumir funções na Direção e também ele gostava de manter esta “tradição” na associação.

“Quem estiver interessado que venha, serão bem-vindos e serão bem aceites na nossa associação” garante o Presidente Amândio do Carmo. “Precisamos de dançadores, tocadores… precisamos de tudo. Num grupo de folclore ninguém é indispensável, quanto mais pessoal houver, melhor”.

 

Aulas de português também pararam

A pandemia causou grandes danos na associação. Os cursos de língua portuguesa também tiveram de encerrar. “Foi uma crise muito grande, cheguei a um momento em que também já não havia alunos ou havia poucos. Por enquanto os nossos cursos de português estão parados, mas não digo que amanhã não possa novamente tornar a abrir, na condição de voltar a ter alunos” diz o Presidente da coletividade.

Sem atividades, surgiram sobretudo problemas financeiros, porque “a gente tem sempre alguma coisa a pagar, nomeadamente seguros e tal”. Ora “se não se fazem festas, não há sócios” assume Amândio do Carmo.

A associação diz que teve de ultrapassar este grave problema financeiro para conseguir sobreviver. “A Mairie de Chaville dá-nos alguns subsídios, mas no ano passado havia muitas associações com problemas e recebemos pouco”.

Amândio do Carmo aproveitou este período para renovar a Direção, realizando sempre as Assembleias Gerais impostas pelos estatutos. “Para mim é um orgulho ver gente nova na Direção” confessa.

 

Jantar-convívio na semana passada

Na semana passada, a associação organizou um jantar-convívio animado pelo “músico da casa”. Adriano Pereira, o jovem Secretário da Direção é músico e coube-lhe animar a festa.

Entrar na Direção foi, como disse ao LusoJornal, “um grande passo. Tenho mais responsabilidade, faço parte da estrutura da associação, vejo o interior e somos nós que fazemos com que os eventos se passem bem” confessa, destacando o “espírito de família” que reina na associação.

“Nós temos a sorte de ter um músico na associação. Assim, ele anima as nossas festas” diz o Presidente, “mas recomendo-o, esperando que outras associações também o possam convidar”.

Na semana passada, o prato da noite foi um Bacalhau à Braz, partilhado na Salle Hugette Fradet, que voltou a encher. Depois do jantar houve tempo e espaço para dançar e pouco a pouco, voltam-se a repetir eventos que fizeram história nestas e noutras associações.

Amândio do Carmo confirma que, quando os ensaios do grupo de folclore retomarem, vão ter lugar aos sábados, entre as 21h30 e as 23h00. E espera que “a malta apareça”.

 

Infos: 06.71.60.60.79

 

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

LusoJornal