Coletes Amarelos: Stéphanie Ribeiro concorda com revolta

O movimento dos “Coletes Amarelos” tem estado no centro das atenções. Para responder a três sábados seguidos com manifestações que, para algumas, foram algo violentas, o Presidente da República, Emmanuel Macron, decidiu abandonar a subida da taxa dos combustíveis que era contestada na rua através do movimento dos Coletes Amarelos.

Stéphanie Ribeiro, de 33 anos, não manifestou, no entanto decidiu dar a sua opinião sobre o movimento. Esta mulher, que trabalha como assistente administrativa, apoia os Coletes Amarelos e entende a revolta dos franceses.

 

Que opinião tem sobre este movimento?

Na conjuntura atual, a revolta dos Coletes Amarelos justifica-se por um empobrecimento da população. Muitos passam dificuldades. Esta população cresce cada vez mais. No meu caso, é o meu poder de compra que já não é o mesmo… Quando se vê aumentos salariais importantes na classe política e nada de aumentos nas classes mais baixas, e reformas ainda mais baixas, não se pode ficar indiferente.

 

No entanto há violência nestas manifestações, que não ajudam o movimento?

Quanto ao último ponto que é a violência, o que quero dizer é que os polícias também praticam violência com legitimidade devido à função, mas muitas vezes de maneira infundada como atirar bombas lacrimogéneas para as pessoas, sem motivos… Depois há aqueles que são os “casseurs”, os perturbadores, que destroem tudo à volta. Não concordo com isso, embora por vezes admito uma certa passividade, mas isso é o resultado de anos e anos de revolta contra um Governo que decide tudo sozinho sem consultar, sem ouvir a população. Maio 68 não se fez com beijinhos e abraços. Estou a favor do diálogo, mas com um Governo que faz se de surdo, a violência justifica-se de alguma forma porque é através disto que há “diálogo”.

 

Stéphanie Ribeiro reconhece que a população perdeu a confiança que tinha na classe política e até nos meios de comunicação, o que traz muita desinformação.

 

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