LusoJornal / Mário Cantarinha

Covid-19: Céline: “Nada poderá nunca mais ser igual”

Céline está habituada aos palcos, está habituada aos projetores e à música. Mas por detrás do espetáculo está uma mulher de negócios que ajuda a gerir a empresa familiar.

Este período de confinamento é também um período de dúvidas, de questionamento sobre o futuro, de preocupações…

 

Como está a passar este período?

Estou em Paris. Fechada em casa com o meu marido e o meu filho. Vou continuando a trabalhar porque tenho uma empresa familiar e tentamos manter atividade… com medo. Porque não confio muito em todas estas soluções que o Governo está a prometer. Porque as pessoas que trabalham para nós contam com o ordenado para as suas vidas. Apesar disto tudo, temos que tentar organizar pelo melhor.

 

Está preocupada com a situação atual de pandemia?

Apesar de estar completamente aflita com a crise financeira que vai chegar, estou ainda mais aflita com esta doença desconhecida… Perdida com tudo o que podemos ouvir. Primeiro era só uma simples gripe, nada mais, e agora já cheguei a ler que em França poderá contar com mais de 100.000 mortes. Fiquei surpreendida por um médico que afirma que em cada família haverá uma perda. A preocupação deu conta do meu sono, da minha alegria, do meu dia-a-dia. Tento não ver mais televisão para não dar em maluca.

 

Quando esta situação estiver ultrapassada, o que espera do ‘novo mundo’?

Espero que o aspeto financeiro de cada país se volte para o que deve ser o essencial, que é a saúde. Que cada um de nós veja na sua vida que o mais importante é realmente poder contar com um Estado que nos proteja… Sem saúde não há nada. Acho que haverá um pós-Covid-19. Nada poderá nunca mais ser igual. Pelo menos falo por mim…

 

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