Covid-19: Festival “Temps d’Images” de Lisboa cancela programa de verão

A primeira parte da 18ª edição do Festival Temps d’Images, prevista para decorrer entre maio e junho deste ano, em Lisboa, foi cancelada devido à pandemia do Covid-19, anunciou a organização do certame.

Apesar do cancelamento deste primeiro momento do festival – que apresenta dezenas de espetáculos de artes performativas, cinema, música e artes visuais em vários espaços da cidade de Lisboa – a organização pretende “fazer tudo o que puder” para apresentá-lo na segunda data, prevista para outubro e novembro deste ano.

No ano passado, Mariana Brandão, Diretora do certame, tinha revelado à Lusa que o festival iria decorrer – pela primeira vez – dividido em dois momentos para “articular-se com o calendário da oferta cultural da capital”.

Para este primeiro momento, entre 22 de maio e 07 de junho, estavam previstos, entre outros, os espetáculos “Cicerone”, de Tiago Cadete, “O último voo do Kauai ‘O’o”, de André Loubet, João Estima e Rita Delgado, “Mappa Mundi”, de Joana Verona e Eduardo Prada, “A Parede”, de Alexandre Pieroni Calado e Paula Garcia, “O que veem as nuvens”, de Ricardo Vaz Trindade, “Memorial”, de Ligia Soares, e “Livro: Poema-Livre”, de Sara Vaz e Marco Balesteros.

De acordo com a organização, a ideia é tentar apresentar estes espetáculos no segundo momento do certame: “Queremos apresentá-la [a segunda parte] de qualquer maneira, porque mesmo no caso das diversas estreias absolutas, o trabalho está na reta final. O grande investimento já foi feito. Os artistas já fizeram o que tinham de fazer, os nossos outros parceiros acolheram com empenho essas propostas e investiram também”, aponta, num comunicado publicado no sítio ‘online’ do festival fundado por António Câmara Manuel.

Com as restrições sanitárias exigidas para enfrentar a pandemia e o cancelamento dos espetáculos, a organização afirma que vai ter de “fazer mais”: “Vamos ter de unir esforços para conseguir apresentar as peças em suspenso, e tentaremos juntá-las no segundo momento deste Temps d’Images. Melhor ainda se pudermos repensar objetivos, escalas, propósitos e interesses”.

Em 2020, ano em que iria festejar a sua maioridade, o certame, que cruza várias artes e começou como uma rede europeia de programação, mantém a esperança de se adaptar às novas circunstâncias.

No ano passado, o festival apresentou vinte espetáculos, nove em estreia absoluta, e deu carta-branca ao músico Paulo Furtado para celebrar a cinematografia nacional do século XXI.

 

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LusoJornal