Lusa | José Coelho

Duelo entre Sébastien Loeb e Sébastien Ogier animam Rali de Portugal

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O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) lidera o Mundial de ralis, mas o duelo entre os franceses Sébastien Loeb (Ford Puma) e Sébastien Ogier (Toyota Yaris) vai concentrar as atenções da 55ª edição do Rali de Portugal.

A prova lusa, quarta etapa do Campeonato do mundo, começou ontem, quinta-feira e segue até domingo, por um recorde de 100 inscritos, entre os quais se destacam os franceses Sébastien Loeb, vencedor de nove títulos mundiais, entre 2004 e 2012, e Sébastien Ogier, oito vezes Campeão, entre 2013 e 2018, em 2020 e 2021, que este ano participam apenas em algumas provas do Mundial.

O veterano Sébastien Loeb bateu Sébastien Ogier, por 10,5 segundos, no primeiro reencontro entre ambos, em Monte Carlo, no arranque do Campeonato, após um duelo épico.

Sem a pressão de ter de fazer contas para o Campeonato, fica aberta a porta para um duelo mais intenso e menos calculista, estando em cima da mesa a possibilidade de Sébastien Ogier bater o recorde de vitórias na prova portuguesa.

Neste momento, o piloto da Toyota conta cinco triunfos (2010, 2011, 2013, 2014 e 2017), tantos quantos tem o finlandês Markku Alen (1975, 1977, 1978, 1981 e 1987), enquanto Sébastien Loeb venceu apenas por duas vezes o Rali de Portugal (2007 e 2009), ambas no Algarve.

Outro dos pontos de interesse desta quarta ronda do Mundial é o facto de marcar a estreia em pisos de terra da nova geração de carros Rally1, os topo de gama da competição, já com o sistema híbrido que confere potência extra aos motores atmosféricos a gasolina de 1,6 litros, que pode chegar aos 500 cavalos.

Este novo componente implica, também, mais cuidados a ter pelos espetadores, que têm, agora, de observar cuidados adicionais ao aproximarem-se de um carro acidentado.

Devido à possibilidade de descarga elétrica, só se podem aproximar de um veículo híbrido acidentado se as três luzes de sinalização colocadas no tejadilho estiverem verdes. Caso esteja acionada a luz vermelha, há o perigo de descarga elétrica.

Com Sébastien Loeb e Sébastien Ogier em ‘part time’, depois de terem dominado o Mundial entre 2004 e 2021 – só o estónio Ott Tänak se intrometeu nesta hegemonia, conquistando o título de 2019 -, esta época está aberta a porta ao surgimento de novos valores, como é o caso do finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), filho do antigo piloto Harri Rovanperä, que se tornou no mais novo de sempre a vencer uma prova do Mundial, na Estónia, no ano passado, aos 20 anos.

Agora, com 21 anos, Kalle Rovanperä tenta tornar-se no mais novo Campeão do mundo de sempre, e bater o malogrado escocês Colin McRae, que em 1995 conquistou o título, com 27 anos e 109 dias.

Kalle Rovanperä, que começou a competir aos 14 anos, chega a Portugal já com quatro vitórias (em 2021 ainda venceu o Rali da Grécia), duas delas já este ano (na Suécia e na Croácia), que lhe valem a liderança isolada do campeonato, com 72 pontos, mais nove do que o belga Thierry Neuville (Hyundai i20).

O piloto da Hyundai já venceu o Rali de Portugal em 2018, assim como o seu colega de equipa, Ott Tänak, que ganhou no ano seguinte, em que se sagraria Campeão.

O vencedor de 2021, o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) tem mostrado bom andamento ao longo do ano, mas uma grande inconsistência, com desistências em Monte Carlo e na Suécia, que o deixam apenas no nono lugar do Mundial, depois de dois vice-campeonatos (2020 e 2021).

Com o atrativo de assinalar o 50º aniversário do WRC, o Rali de Portugal terá, ainda, alguns dos carros que fizeram a história do Campeonato a desfilar pelas especiais.

A prova começou esta quinta-feira, com a disputa da superespecial de Coimbra, terminando no domingo, com a ‘power stage’ em Fafe, no famoso salto da Pedra Sentada.

 

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