Emídio Sousa desafia famílias portuguesas no estrangeiro a falarem português em casa_LusoJornal·Ensino·21 Novembro, 2025 O Secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa, desafiou as famílias portuguesas que vivem no estrangeiro a falarem português em casa, para que as novas gerações não percam a ligação ao idioma. Em entrevista à Lusa, nos Estados Unidos, Emídio Sousa indicou que, da sua parte, está a rever o regime jurídico do ensino do português no estrangeiro, como ferramenta fundamental para “manter a portugalidade ativa”. “Este regime jurídico já não é atualizado há 19 anos, se a memória não me falha, portanto, eu estou a ultimar esse projeto de revisão do regime jurídico para tornar o ensino do português mais atrativo”, disse, admitindo ter recebido algumas queixas de condições salariais pouco atrativas em relação ao ensino do português nos Estados Unidos. “No que diz respeito ao papel do Governo, é essencialmente a revisão do regime jurídico, melhorar as condições de frequência das aulas, a distribuição dos manuais, as aulas ‘online’. Portanto, isso é todo um trabalho que o Governo português está a fazer”, assegurou. Contudo, Emídio Sousa apelou às Comunidades portugueses que não se afastem da língua portuguesa, frisando que o idioma é uma “ferramenta importante para o futuro”. “O apelo permanente às nossas Comunidades é que falem português em casa. É a maior e melhor ferramenta que nós temos de aprendizagem da língua. (…) Muitas vezes, a segunda e terceira geração, à medida que se vão casando com os nativos, perdem um bocadinho esta ligação, mas eu costumo dizer que pode ser uma ferramenta importante até para o futuro. Ter competências a mais nunca é problema”, observou. A língua portuguesa não só é uma das línguas mais difundidas no mundo, com mais de 265 milhões de falantes espalhados por todos os continentes, como é também a língua mais falada no hemisfério sul, de acordo com dados da UNESCO. “Portanto, eu desafio as famílias, as pessoas a apostarem na nossa língua”, acrescentou o Secretário de Estado, pedindo às famílias que primeiro falem o idioma em casa e depois o aperfeiçoem nas escolas portuguesas dos locais onde residem.