Home Comunidade Emigrantes apostam no turismo e investem em Montalegre_LusoJornal·11 Agosto, 2023Comunidade [pro_ad_display_adzone id=”37510″] Terra de emigrantes, Montalegre tem sido palco de investimentos de quem decide apostar no local onde nasceu: Joe Pinto construiu um hotel e casas de turismo rural e Fernanda Martins concilia uma unidade turística com fumeiro e apicultura. Aos 62 anos, José Luís Pinto, conhecido como Joe Pinto, reparte o seu tempo entre Montalegre, concelho do Norte de Portugal onde nasceu, e Toronto, no Canadá, para onde emigrou aos 12 anos e onde é consultor financeiro. O empresário disse ontem à Lusa que o investimento concretizado na sua terra natal já ultrapassa os 2,2 milhões de euros, tendo criado oito postos de trabalho até ao momento, mas com perspetivas de aumentar para 12 a 15 no espaço de um ano. O Hotel Belas Vistas, em Parafita, na margem da barragem do Alto Rabagão, foi inaugurado no início de julho, e possui 13 quartos e duas suítes. Já antes se tinha dedicado à construção e restauro de casas para turismo rural e destacou que a adesão tem sido grande. “Precisava de mais gente para trabalhar mais quartos para vender”, apontou. Paralelamente são promovidas atividades náuticas, bem como passeios à serra. “Estou a investir aqui porque gosto e tenho uma paixão por esta terra”, salientou. . Depois de anos emigrada em Inglaterra, Fernanda Martins, com 45 anos, regressou a Montalegre onde abriu numa unidade de alojamento turístico em Outeiro, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, atividade que concilia com a apicultura e a produção de fumeiro. A empresária referiu que a Casa Albelo do Gerês começou com cinco quartos e agora já tem 10 e salientou que já investiu “mais de meio milhão de euros” no concelho. Fernanda Martins fez um balanço positivo da procura pelos turistas, mas lamentou os fracos acessos para o acesso à propriedade. Por sua vez, a presidente da Câmara de Montalegre destacou o “saldo migratório positivo” registado “pela primeira vez em muitos anos”. Ou seja, segundo especificou, no último ano o número de emigrantes que regressou foi superior ao dos que emigraram. . Fátima Fernandes contabilizou “80 emigrantes” que regressaram a Montalegre com as suas famílias, um número que classificou como “um sinal”. Montalegre celebrou precisamente ontem o Dia do Emigrante, uma iniciativa do município que teve como objetivo homenagear quem saiu do concelho e quem regressa todos os anos à terra natal. O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, associou-se à iniciativa. “Nós temos uma população que está espalhada por todo o mundo”, afirmou Fátima Fernandes, que lembrou o “grande êxodo” que aconteceu nos anos 60 e 70 do século passado para países como a França, Inglaterra ou Estados Unidos da América. Muitos regressam à terra natal em agosto, mas muitos também já regressam mais do que uma vez por ano a Montalegre. “É um gosto ver as aldeias com outra dinâmica e ver outro dinamismo não só económico, mas principalmente social nas nossas aldeias e na vila”, frisou. Paula Lima, Lusa [pro_ad_display_adzone id=”46664″]