“Espiritual”: Novo álbum de Pedro Abrunhosa tem um duo com Carla Bruni

O novo trabalho de Pedro Abrunhosa, “Espiritual”, é um disco com 15 canções, nas quais o músico exorciza angústias sobre vários assuntos, unidas pela “profundidade da palavra” e pelo som, “gravado à moda antiga” e um dos temas é gravado em dueto com Carla Bruni.

“Espiritual” foi produzido por João Bessa e Pedro Abrunhosa, no estúdio do segundo, e foi “gravado à moda antiga”, com os músicos, “às vezes dez ou doze, a gravar ao mesmo tempo, num espaço ‘armadilhado’ de microfones”.

Para além de Carla Bruni, o álbum inclui uma série de outros convidados, entre os quais as portuguesas Ana Moura e Elisa Rodrigues, “uma emergente jovem que tem uma voz curiosíssima”, a norte-americana Lucinda Williams, a mexicana Lila Downs e o brasileiro Ney Matogrosso.

Lembrando a “grande ligação” que tem à música francesa e a sua “cultura luso-francesa, por questões de educação”, Pedro Abrunhosa partilhou que “Balada Descendente” “‘tem escrito’ Carla Bruni na sua génese”. “Quando começo a fazer a canção já estou a pensar na Carla Bruni”, contou.

Os textos que Pedro Abrunhosa agora gravou falam de refugiados, dos movimentos dos migrantes, “pessoas que procuram Paz, procuram um chão onde educar os filhos, fogem da violência, procuram pão”, de nacionalismo, “que é uma deturpação do patriotismo”, de violência doméstica, dos grandes incêndios que assolaram Portugal no ano passado,… O que o move a escrever estas e outras canções “não é uma consequência política, é uma consequência ética”. “Eu perante a minha consciência, não no sentido de um pensar na consequência que vai ter, mas naquilo que eu acho que é o bem”, afirmou.

Apesar de considerar que, “se calhar ninguém vai olhar para trás, daqui a cem anos, e querer perceber o que se passava em Portugal no meio artístico”, quando o mundo “viveu aquele momento de ‘multi-ditadores’, entre o norte-americano, o coreano e o russo e o turco”, Pedro Abrunhosa, cujo primeiro álbum, “Viagens” data de 1994, gostava de, “se olharem”, não ser visto como “uma voz silenciosa”.

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LusoJornal