O Movimento Europa e Liberdade (MEL) realizou a primeira convenção na quinta e sexta-feira em Lisboa, assumindo como objetivo influenciar o discurso político, mas rejeitando qualquer ataque a lideranças partidárias ou governativas.
Durante os numerosos debates, Paulo Portas foi um dos intervenientes. O antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo Vice-Primeiro-Ministro admitiu que, com a saída do Reino Unido da União Europeia, a França fica com a UE nas mãos, do ponto de vista do “poder estratégico global”.
Paulo Portas afirmou que a União Europeia ficará apenas dependente de um único país com potência nuclear, neste caso a França: “A Europa, sem o Reino Unido, não fica apenas mais continental e menos marítima, a Europa sem o Reino Unido tem uma única potência nuclear militar”, assegurou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros.
O também antigo líder do CDS-PP adiantou que no plano internacional – que “define os pesos e as medidas da relevância de cada entidade” -, a Europa terá apenas a França para pesar a nível nuclear.
Paulo Portas, que discursou durante o painel dedicado às “novas realidades europeias e mundiais”, admitiu ainda que a saída de qualquer país da União Europeia, neste caso o Reino Unido com o ‘Brexit’, será “muito difícil […] porque o emaranhado de dependências é muito complexo”.
O antigo Vice-Primeiro-Ministro concluiu afirmando que o mundo é “essencialmente asiático. É um mundo do Pacífico e um mundo que já não é eurocêntrico”.
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