Lusa | José Sena Goulão

Europeias’24: Os eleitores podem votar em qualquer Consulado


Nas eleições Europeias do próximo domingo há duas novidades importantes que fazem história na evolução das metodologias de voto dos portuguesas. As duas estão relacionadas: os cadernos eleitorais passam a estar desmaterializados e isso permite o voto em mobilidade. Os eleitores deixam de votar numa mesa de voto específica, e passam a poder votar onde quiserem.

Os cidadãos que pretendam votar em mobilidade têm de apresentar um documento oficial com fotografia atualizada em qualquer mesa de Portugal continental, das regiões autónomas dos Açores e da Madeira ou no estrangeiro, segundo o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Votar em mobilidade “significa que em vez de ter de se deslocar à sua mesa de voto habitual onde está recenseado, tem a faculdade de, se o desejar e sem prejuízo de manter as suas rotinas de sempre, poder ir a outro sítio” fazê-lo, disse à Lusa Fernando Anastácio, porta-voz da CNE.

Se uma pessoa estiver recenseada no Algarve e de férias em Paris poderá votar, tendo apenas de apresentar o documento oficial com fotografia atualizada. “Vota na rede consular” e para tal basta consultar a página da CNE, adianta. Em França, um eleitor de Strasbourg pode votar em qualquer Consulado, em França, ou em qualquer Consulado em qualquer país do mundo.

Até aqui, os Consulados de Portugal tinham de imprimir toneladas de listas eleitorais, num ato contrário às preocupações ambientais da sociedade atual. Por isso, os eleitores tinham de votar nas mesas de voto que lhes tinham sido atribuídas e assinar essas mesmas listas eleitorais.

Com a desmaterialização dos cadernos eleitorais, quando um eleitor vota em Lyon, em Marseille ou em Lyon, descarrega o voto na base de dados central e já não pode votar em mais nenhuma mesa de voto.