Exportação de vinhos da Adega de Monção para França em 2023 cresceu 86%_LusoJornal·Empresas·23 Junho, 2024 A Adega Cooperativa Regional de Monção registou, em 2023, uma faturação próxima dos 18 milhões de euros e atingiu um recorde de vendas, sobretudo para o mercado internacional, que cresceu 22% face ao ano anterior. Em comunicado enviado à Lusa, a Adega de Monção, concelho que juntamente com Melgaço forma uma sub-região demarcada dos Vinhos Verdes, onde a casta de vinho Alvarinho é melhor representada, adiantou que os Estados Unidos da América e a Inglaterra lideram o crescimento nas vendas. Já em Portugal, a Adega de Monção, no distrito de Viana do Castelo, registou “uma ligeira queda, mas que foi colmatada pela positiva expansão internacional”. “O contexto internacional que vivemos causa-nos muita apreensão e exige-nos uma gestão ainda mais regrada e ponderada, mas continuamos convictos na força da marca e na qualidade dos vinhos que produzimos. Os números mostram-nos isso mesmo. É com orgulho e responsabilidade redobradas que encaramos estes resultados”, afirma o Presidente da Adega, Armando Fontainhas, citado na nota. No “total, no último ano, a Adega de Monção registou um volume de faturação de 17.788.585,88 euros, com os vinhos da região a crescerem, particularmente, nos Estados Unidos da América (57%), Inglaterra (38%), França (86%), Austrália (98%) e Países Baixos (3%). Simultaneamente, entraram, também, nos mercados de Israel, Áustria e Islândia”. Os “resultados alcançados permitiram distribuir mais de dois milhões de euros aos seus cooperantes, que se refletiram em 0,25 euros por quilograma de uva entregue”. A Adega de Monção foi fundada a 11 de outubro de 1958, por iniciativa de 25 viticultores, entre estes cinco irmãos do atual Presidente, de 55 anos. A sub-região demarcada dos Vinhos Verdes tem no mercado 253 marcas de verde, produzidas por 2.085 viticultores e 67 engarrafadores. Segundo dados da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), a sub-região de Monção e Melgaço tem uma área total de 45 mil hectares, 1.730 dos quais cultivados com vinha, sendo que a casta Alvarinho ocupa cerca de 1.340 hectares. Desde 2015, a produção de Alvarinho foi alargada a outras zonas do país, fora dos dois concelhos do Alto Minho, em resultado de acordo alcançado pelo Grupo de Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo anterior Governo PSD/CDS e liderado pela CVRVV, defensora do alargamento da produção daquele vinho aos 47 municípios que a integram.