Gaspar da Silva LusoJornal | Mário Cantarinha Gaspar da Silva LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha LusoJornal | Mário Cantarinha Home Cultura Fado : Associação Gaivota com ‘casa cheia’ para acolher Mónica CunhaMário Cantarinha·8 Fevereiro, 2024Cultura A sala do Château Lorentz, em Bry-sur-Marne, encheu para ouvir a fadista Mónica Cunha, que foi a primeira convidada do ano dos Encontros Mensais Gaivota (RMG), um evento organizado, em geral, no terceiro domingo de cada mês pela associação Gaivota, presidida por Maria José Henriques. A associação Gaivota nasceu há mais de 20 anos para promover o Fado em França, para além doutros eventos, estes Encontros Mensais já entraram na agenda de quem gosta de Fado, apesar do frio que se fez sentir no passado dia 21 de janeiro. “Nós gostamos sempre de ter a casa cheia e, graças a Deus, temos conseguido. Em dezembro tivemos um pouco menos gente, mas mesmo assim, estava uma casa bem composta” disse ao LusoJornal Maria José Henriques. A capacidade da sala é de cerca de 70 a 80 lugares sentados, o que cria um ambiente intimista e uma relação de proximidade entre os artistas convidados e o público presente. Mónica Cunha estava acompanhada à guitarra por Manuel Miranda e à viola por Casimiro Silva. Como habitualmente, a tarde continuou à volta de um café, com música francesa, poesia e “outras surpresas”. Cantora da linha “tradicional” do Fado, Mónica Cunha mora em Paris há já vários anos, onde é professora de língua portuguesa. “É das fadistas que mais trabalha aqui em França” disse Maria José Henriques ao LusoJornal. “Temos de fazer trabalhar toda a gente” diz a Presidente. O próximo RMG vai ter lugar no dia 18 de fevereiro e a convidada é Jennifer Rainho. Maria José Henriques também canta, aliás integrou o disco dos 20 anos da Gaivota, que foi lançado publicamente no Consulado Geral de Portugal em Paris, na presença de Custódio Castelo e de Jorge Fernando. “Eu não canto em público, nem sei se é por ser tímida, reservada ou complexada, mas por vezes tenho de me fazer violência e cantar, como aconteceu no Consulado de Portugal” confessou ao LusoJornal. “Por exemplo aqui, não posso estar a organizar o evento, estar na bilheteira como me calhou este domingo e depois ir cantar… para cantar tenho de estar mais calma e sem estar a pensar noutras coisas”. Maria José Henriques destacou a importância do apoio da Mairie de Bry-sur-Marne, que cede o palacete todos os meses para a promoção do Fado, e destaca também o facto de haver parque de estacionamento para quem for de carro e ter a estação do RER A a apenas 200 metros da sala. “Só não vem quem não quer” diz a sorrir.