Home Cultura Festa da Francofonia em Portugal estreia “manhã desportiva” em ano de Jogos Olímpicos em Paris_LusoJornal·24 Fevereiro, 2024Cultura A realização de uma “manhã desportiva” no Parque de Monsanto, em Lisboa, é uma das novidades da Festa da Francofonia, apresentada esta semana em Lisboa, e que vai ter iniciativas até abril, em Lisboa, Porto e Algarve. A Festa, na qual participam 12 países francófonos dos quatro continentes, propõe uma programação diversificada que inclui, além de desporto, exposições, música, gastronomia, conferências, literatura, cinema, dança, com expressões das diferentes regiões, e uma ação de limpeza ambiental, a acontecer no dia 26 de março, à tarde, na praia da Costa de Caparica. O “podcast” “Juventude Francófona”, projeto do Liceu Francês Charles Lepierre, é outra iniciativa prevista. A manhã desportiva, pela primeira vez na Festa, acontece a 24 de março, no anfiteatro Keil do Amaral, e inspira-se nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, do próximo verão em Paris, contando com atletas olímpicos e paraolímpicos. A Festa da Francofonia tem início hoje com a abertura da exposição “Caos Ardente”, do artista suíço Yves Hänggi, que expõe pela terceira vez em Lisboa. Na Galeria Passevite, no bairro dos Anjos, até 22 de março próximo, ficam patentes 80 obras de Hänggi, produzidas parcialmente em Lisboa, misturando formatos e técnicas de pintura, tinta ou colagem, “entre o desenho ‘underground’, a banda desenhada alternativa, a figuração livre, a arte singular e a arte bruta”. Outra exposição, “Entre Son et Lumière”, do artista belga Igor Sterpin, será inaugurada no próximo dia 29 e pode ser vista até 29 de março, na Biblioteca Arquiteto Cosmelli Sant’Anna, na rua Alexandre Herculano. “Entre Son et Lumière” apresenta dois projetos de Sterpin, “Apnea” e “Voyage”: o primeiro, “uma fração de uma demorada passagem do artista pelo ‘undeground’”, traduz-se numa exposição de imagens “das quais emergem a dureza e a beleza que fazem referência a ícones visuais quer da música quer do cinema e onde prevalece o exercício da cor”, escreve o poeta e ensaísta Bernardo Pinto de Almeida, no ‘dossier’ de apresentação. Quanto a “Voyage”, Pinto de Almeida afirma que “a fotografia de Sterpin revela um homem ao mesmo tempo sensível e melancólico […] desses que todos os dias ajudam o mundo a continuar sobre as suas mais sólidas calhas. Os que, passando tantas vezes despercebidos, constroem todavia a glória dessa humanidade anónima a que todos de facto queremos pertencer”. No dia 16 de março, no Parque Mayer, vai estar montada a “Village Francophone”, com caracterizações geográficas, sociais e culturais, dos 12 países participantes na festa – Andorra, Bélgica, Canadá, Costa do Marfim, França, Líbano, Luxemburgo, Marrocos, Roménia, Senegal, Suíça e Tunísia -, sendo também organizados jogos francófonos, entre os quais um ‘quiz’. Nesta tenda, neste mesmo dia, às 18h30, apresenta-se o Ballet Jammu do Senegal, criado em 2008 por As Ndiaye. Segundo a organização, o grupo “junta jovens músicos e bailarinos de todas as etnias do Senegal”, e os seus espetáculos conjugam danças tradicionais com dança contemporânea. Entre outras iniciativas previstas, no dia 7 de março, na reitoria da Universidade do Porto, e no dia seguinte em Lisboa, na embaixada do Luxemburgo, é apresentada uma antologia poética da luxemburguesa Anise Koltz, “Uma morte passageira”, numa tradução de Regina Guimarães. O escritor e cineasta marroquino Abdellah Taïa vai participar na Festa, estando previsto um encontro com estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), em 11 de março. Neste mesmo dia, na Casa dos Livros, apresenta o seu romance “Aquele que é Digno de ser Amado”, pela catedrática Maria de Fátima Marinho, perita do Haut Conseil pour l’Évaluation de la Recherche et de l’Enseigment Supérieur, de França. No dia seguinte, no Anfiteatro Nobre da FLUP é exibido o filme “L’Armée du salut” (2013), do realizador, que será comentado pelos investigadores David Pinho Barros, curador nas áreas da literatura, do cinema e da banda desenhada, Jorge Vicente Valentim, doutorado em Letras (Literatura Portuguesa), pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Jorge Gato, especialista em Psicoterapia pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Na área do cinema, o Festival Monstra terá uma secção francófona, com mais de 30 filmes que serão exibidos de 7 a 17 de março no Cinema São Jorge. Além de Lisboa e Porto, a Festa tem eventos previstos para Vila Nova de Famalicão e em várias cidades algarvias. A programação da Festa da Francofonia está disponível AQUI.