Filmes franceses ganham prémios do festival Curtas de Vila do Conde

Na Competição Internacional 28ª edição do festival de cinema Curtas de Vila de Conde, o Prémio Ficção foi para “Dustin”, de Naïla Guiguet, de França, o Prémio Documentário foi para “Hidden”, uma produção franco-iraniana de Jafar Panahi (realizador distinguido em Cannes, Berlim e Veneza, a quem o regime iraniano impôs restrição de movimentos, por duas décadas), e o Prémio Animação foi para “Elo”, da luso-francesa, Alexandra Ramires, enquanto o Prémio do Público foi atribuído a “Physique de la Tristesse”, de Theodore Ushev, do Canadá.

O Grande Prémio do “Curtas” de Vila de Conde, que terminou no domingo passado, foi atribuído a “The Unseen River” do realizador vietnamita Pham Ngoc Lân.

Depois de “Blessed Land” (2019), também exibido em competição no Curtas, Pham Ngoc Lân, formado em arquitetura e urbanismo, retoma um olhar crítico sobre o território, explorando as relações metafóricas entre tempo, sonho e rio, num filme de ficção, de 23 minutos.

Na Competição Nacional, o Prémio para o Melhor Filme foi para “Noite Turva”, de Diogo Salgado, que se estreia neste festival vila-condense, com esta obra de ficção, com 14 minutos, em que o realizador abre espaço para o espetador ampliar os seus anseios na forma como o filme lentamente desvenda o seu enredo.

Ainda na vertente nacional, além de “Noite Turva”, foram distinguidos três outros filmes. O Prémio do Público foi para “O Nosso Reino”, de Luís Costa, o Prémio para Melhor Realizador foi para “Armour”, um documentário de produção luso-canadiana, de Sandro Aguilar, enquanto que “Nha Mila”, de Denis Fernandes, foi a escolha do festival para candidato aos Prémios Europeus de Cinema.

Na vertente de vídeos musicais, “Batida Apresenta: Ikoquwe – Vaivai”, de Pedro Coquenão e Manuel Lino, arrecadou o prémio, enquanto que “South”, de Morgan Quaintance, do Reino Unido, venceu na categoria do Prémio Experimental.

Na Competição Curtinhas, que engloba filmes dedicados a um público infantojuvenil, o prémio foi atribuído a “To: Gerard”, do norte-amerciano Taylor Meacham, enquanto o Prémio My Generation, direcionado para a faixa etária entre os 14 aos 18 anos, foi arrecadado por “I Julia”, de Arvin Kananian, da Suécia.

Destaque ainda para a competição Take One, dedicada a filmes produzidos em escolas de cinema, que na edição deste ano teve como vencedor “I Don’t Like 5PM”, de Francisco Dias, da Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa, enquanto que o prémio para melhor realizador foi para Lucas Tavares, da Ubi Cinema – Universidade da Beira Interior.

Esta edição do Festival Curtas de Vila do Conde, que arrancou a 3 de outubro e terminou no domingo, teve 48 filmes em estreia nacional, na seleção oficial para a competição internacional e experimental, tendo dado destaque às de obras de Sergei Loznitsa (Ucrânia) e Jafar Panahi (Irão), apontados como “dois dos mais interessantes cineastas da atualidade”, pela sua “impressionante sensibilidade para trabalhar a problemática política, social e cultural do seu povo”.

 

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LusoJornal