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França promete a António Costa empenho para rápido avanço das interconexões energéticas

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A Primeira Ministra francesa, Elisabeth Borne, prometeu ontem ao líder do Executivo português, António Costa, o empenho político do Governo francês no sentido de avançar rapidamente com as interconexões elétricas e do gás à Península Ibérica.

Esta posição sobre as interligações energéticas entre França, Espanha e Portugal foi transmitida por Elisabeth Borne, no Palácio Foz, em Lisboa, numa conferência de imprensa conjunta com António Costa, no âmbito da sua visita oficial a Portugal.

“A França defende o reforço das interconexões elétricas e do gás com a Península Ibérica e na Europa. Tínhamos já um acordo com o nosso vizinho [Espanha] sobre as interconexões elétricas. Recentemente, chegámos a um acordo para as interconexões do gás”, declarou a Primeira Ministra francesa.

Além de ter desdramatizado a questão do financiamento europeu em relação aos projetos de interconexões recentemente acordados entre os três Governos, Elisabeth Borne disse ter deixado uma garantia ao Executivo português. “Assegurei ao Primeiro Ministro, António Costa, a nossa determinação no sentido de avançar sobre esta matéria, tal como foi acordado” entre o Presidente Emmanuel Macron e os Chefes dos Governos de Portugal e Espanha, disse.

“Queremos uma Europa mais forte e uma Europa fundada progressivamente na utilização de energias descarbonizadas. Partilhamos o objetivo de os dois países continuarem a proteger os seus povos no atual contexto económico face à explosão dos preços da energia. Defendemos uma ação coordenada e em bloco para obter melhores resultados”, declarou.

Nesta matéria, António Costa salientou que nunca estiveram em causa as interligações elétricas entre França, Espanha e Portugal, assunto em relação ao qual já havia acordo. “O compromisso político agora encontrado era onde faltava acordo e havia um bloqueio por causa do trajeto da ligação gasífera. Foi encontrado um acordo, mudando a trajetória que atravessava os Pirenéus por uma solução através de uma ligação marítima entre Barcelona e Marseille”, especificou.

Do ponto de vista político, António Costa aproveitou uma vez mais para responder de forma indireta às críticas feitas pelo PSD.

A ligação de gás “é complementar das interligações elétricas, que sempre estiveram previstas e continuam a estar previstas. Houve a necessidade de fazer um acordo onde havia divergência. E onde não havia divergência o acordo foi mantido”, insistiu.

António Costa adiantou, ainda, que a nova rede terá capacidade para “plena utilização por via do hidrogénio”.

“Espero que na próxima reunião já haja um projeto mais formatado, de forma a obtermos o financiamento através do mecanismo europeu de financiamento das interligações. Este não é um projeto para Portugal, Espanha e França, mas a criação de um grande corredor verde para toda a Europa, em particular para apoiar os países do centro e norte da Europa, que estão neste momento a reorientar as suas fontes de abastecimento de energia, tendo em conta a anterior dependência do gás russo”, acrescentou.

 

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