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Francisco Ribeiro de Menezes vai ser o próximo Embaixador de Portugal em Paris


O atual Embaixador de Portugal na Alemanha, Francisco Ribeiro de Menezes, vai assumir funções em Paris, para substituir José Augusto Duarte, que segue agora para a Embaixada de Portugal em Madrid. A saída de José Augusto Duarte e a sua nomeação em Madrid já foram publicadas em Diário da República. Embora ainda não tivesse sido publicado o despacho de nomeação do novo diplomata na capital francesa, o LusoJornal sabe que se trata de Francisco Ribeiro de Menezes.

Com quase 60 anos (vai fazê-los a 15 de julho), natural de Lisboa, o próximo Embaixador de Portugal em Paris tem uma carreira notável e vem de uma família de diplomatas. O pai, Pedro José Ribeiro de Menezes, foi embaixador em Dublin, Brasília e no Vaticano.

Assume que estudou direito “por falta de imaginação” e depois, foi muito naturalmente que Francisco Ribeiro de Menezes integrou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em 1990. Esteve na Delnato de 1994 a 1996 e na Embaixada em Madrid de 2001 a 2005.

Durante o seu percurso, foi Adjunto do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Jaime Gama, foi Chefe de Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus Fernando Neves, foi Chefe de Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado e Chefe de Gabinete do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2014.

Foi Embaixador de Portugal em Estocolmo, na Suécia, entre 2010 e 2011, Embaixador em Espanha e Andorra de 2014 a 2020, e, desde fevereiro de 2020 é o Embaixador de Portugal na República Federal da Alemanha, onde tem trabalhado para fortalecer as relações económicas e culturais entre os dois países.

Em 2023 foi distinguido com o Prémio Francisco de Melo, “Diplomata Económico do Ano”, devido ao seu impacto na internacionalização das empresas portuguesas e no aumento das exportações e investimentos alemães em Portugal, atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.

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Membro dos Sétima Legião

Mas Francisco Ribeiro de Menezes é também um ator cultural importante porque, antes de ingressar na diplomacia, já era letrista e tecladista da banda portuguesa Sétima Legião nos anos 1980.

Quando a banda nasceu com Pedro Oliveira, primo de Francisco Ribeiro de Menezes, Rodrigo Leão, Paulo Marinho, Nuno Cruz… o agora Embaixador começou a escrever letras, primeiro em inglês e depois em português. Assinou as letras do primeiro álbum “A um Deus desconhecido” e, “aos poucos” começou a tocar teclas.

O grupo regressou aos palcos para comemorar os 40 anos do projeto, e lá estava Francisco Ribeiro de Menezes integrado nos Sétima Legião.

Mas durante todos estes anos, o diplomata-letrista escreveu também para Rodrigo Leão, para os Madredeus, para Pilar Homem de Melo…

Enquanto diplomata, Francisco Ribeiro de Menezes recebeu condecorações de diversos países, incluindo a Grã-Cruz da Ordem do Mérito de Portugal, a Grã-Cruz da Ordem de Carlos III e a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica, de Espanha, Grande Oficial da Ordem da Estrela Polar da Suécia e Comendador da Ordem do Mérito, da Alemanha.