LusoJornal / António Borga Home Desporto Futebol: Diogo Dalot eliminou o PSG na Champions e falou ao LusoJornalMarco Martins·15 Março, 2019Desporto O Português Diogo Dalot (na foto) realizou com o Manchester United algo impensável, derrotar o Paris Saint Germain e apurar-se para os quartos de final da Liga dos Campeões europeus de futebol. O PSG recebeu e foi derrotado pelos Britânicos do Manchester United por 1-3 na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões europeus de futebol, isto após ter vencido por 0-2 na primeira mão em território britânico. De notar que o defesa português Diogo Dalot esteve implicado no derradeiro golo. O atleta luso rematou de fora da área para a baliza parisiense, mas a bola acabou por ser desviada para canto. No entanto o árbitro foi chamado à atenção pelos seus colegas que estavam a ver o jogo na televisão. Parou o encontro e foi visualizar as repetições do lance. Com o apoio do videoárbitro, o juiz decidiu assinalar uma grande penalidade visto que Presnel Kimpembe desviou o remate de Diogo Dalot com o braço e dentro da área. O avançado britânico Marcus Rashford acabou por marcar de grande penalidade e deu o apuramento aos ‘Red Devils’. Ao vencer por 1-3, e graças ao maior número de golos apontado fora, o Manchester United dos lusos Diogo Dalot, que entrou no decorrer do jogo, e de Angel Gomes, médio que ficou no banco de suplentes, eliminou o Paris Saint Germain da Liga dos Campeões europeus de futebol, apurando-se para os quartos de final da prova. O LusoJornal falou com o defesa português Diogo Dalot, que trocou o FC Porto pelo Manchester United no verão de 2018, abordando o apuramento mas também os primeiros meses do atleta luso em território britânico. Foi uma noite incrível com o apuramento do Manchester e do Porto? Foi uma noite para mais tarde recordar, juntamente com a passagem do Porto. Foi uma noite para não esquecer e com este resultado, acho que foi fantástico. Acreditavam no apuramento após a derrota por 0-2 em Manchester na primeira mão? Acreditávamos que vindo aqui com o resultado da primeira mão, tínhamos mais a ganhar do que a perder. E fazendo o primeiro golo, cedo, e lutando pelo segundo, e assim sucessivamente, acho que fomos brilhantes neste aspeto, e felizmente conseguimos passar. O Manchester tem tido vários lesionados, aliás o Diogo Dalot entrou por causa da lesão do Eric Bailly… Eu trabalho para estar preparado, e estava preparado. Quando sou chamado, tento responder da melhor maneira. O Eric infelizmente teve de sair, mas estava lá eu para substituir e dar o meu contributo à equipa. Quais foram as suas sensações dentro das quatro linhas? Senti-me muito bem. A jogar é que eu me sinto bem. A jogar nestes palcos, a jogar nesta competição, acho que qualquer jogador gosta de jogar este tipo de jogos e eu não fujo à regra. Claramente foi uma noite para recordar. O seu remate esteve na origem da grande penalidade… Eu senti que podia criar perigo se rematasse. Tive a sorte da bola bater no braço, e acredito que foi uma decisão bem tomada. Felizmente conseguimos o golo. Agora são os quartos de final. Uma preferência? Agora vamos esperar. Veremos contra quem vamos jogar. Gostaria de jogar frente ao FC Porto? Claro que seria bom defrontar o Porto. Voltar à minha casa sabe sempre bem, mas vamos esperar e veremos no que vai dar o sorteio. Como tem decorrido a temporada? Tem sido uma temporada difícil. Um início de época difícil até dezembro com lesões. E a partir daí é difícil voltar, depois de tanto tempo parado, a um ritmo altíssimo como é este. Mas trabalhei muito para isso, trabalhei para começar a jogar e vou, como fiz frente ao PSG, lutar por oportunidades. Sente pressão no Manchester United pelo montante da sua transferência? A pressão é relativa. Sentimos mais responsabilidade pelo clube que é, mas também deixei o Porto que põe a fasquia muito alto, no máximo. Passar do FC Porto ao United é sempre uma fasquia elevadíssima porque são dois grandes clubes. Isso para mim dá-me mais responsabilidade mas é a este nível que quero jogar. Então sente pressão em ser ‘o’ português do Manchester, quando já foi do Cristiano Ronaldo? Ronaldo tem a sua história no Manchester e eu quero fazer a minha, não como o Ronaldo fazia, e não entrando em comparações, mas é uma honra ser dos poucos Portugueses que passaram por aqui. Sentiu dificuldades na adaptação na Inglaterra? O Trabalho. Comparando com a Liga portuguesa, são duas Ligas diferentes, exigência mais alta, intensidade mais alta, mas é neste nível que quero jogar e adaptar-me a isso foi relativamente fácil, sobretudo com a ajuda de todo o staff, de todos os jogadores, e do clube. FC Porto também alcançou o apuramento frente à Roma, vencendo por 3-1… Foi uma alegria. Só posso dizer que foi uma noite para mais tarde recordar.