Futebol feminino: Jassie Vasconcelos quer ganhar lugar na Seleção portuguesa

O Metz da jogadora portuguesa Jassie Vasconcelos perdeu por 2-1 na deslocação ao terreno do Dijon, num jogo a contar para a 8ª jornada do Campeonato francês da primeira divisão feminina, a D1 Arkema.

Após oito jornadas o Metz ocupa o 12° e último lugar com apenas um ponto, um empate alcançado na deslocação ao terreno do Paris FC, 2-2.

Treinada pelo Português Manuel Peixoto, Jassie Vasconcelos chegou durante o verão proveniente do SL Benfica.

LusoJornal teve a oportunidade de falar com a avançada de 25 anos que abordou a sua adaptação ao futebol francês, e também falou dos seus objetivos pessoais.

 

Como tem sido a adaptação ao futebol francês?

É um Campeonato muito bom, tem equipas incríveis: Lyon, Paris Saint Germain… Tive a oportunidade de jogar frente ao Paris Saint Germain, tem uma equipa potente, com um físico enorme, mas sinto que a adaptação está a ser boa, a motivação está presente, a vontade de querer mais, de evoluir, de jogar, é muito grande. Está a ser uma adaptação muito boa.

 

Teve algumas dificuldades?

Não tenho qualquer tipo de dificuldade. A língua não é a mesma, mas a gente quando quer, adapta-se a qualquer estilo de vida e as minhas colegas de equipa são excelentes. Não tenho nada a apontar. Tudo está a correr bem.

 

Lisboa e Metz, não são bem as mesmas cidades…

Não é a mesma coisa Lisboa e Metz, mas estou muito feliz de estar aqui e poder partilhar o balneário com as minhas colegas. É uma grande felicidade.

 

Quais são as diferenças entre o futebol português e o francês?

Os treinos e os jogos são mais intensos. Sem querer dizer que a Liga em Portugal não é boa, porque é boa e está a evoluir, mas nesta Liga francesa a gente precisa de mais intensidade, mais ‘cardio’, mais físico, porque é uma liga muito mais física. Eu lembro-me perfeitamente frente ao Paris Saint Germain, elas venceram pela qualidade, mas sinto que também nos venceram pelo físico porque elas estão mais bem preparadas. Elas jogam jogos da Liga dos Campeões, por isso também é natural.

 

Quais são os objetivos da Jassie para esta temporada?

É ser a melhor. Tenho qualidade para isso, tenho físico para isso. Tenho é que trabalhar, foi por isso que vim para aqui, aceitei uma proposta que algumas pessoas não aceitariam. Larguei tudo, larguei a minha família e os meus amigos em Portugal, mas estou aqui com um objetivo que é ser melhor jogadora, poder também ir à Seleção e ajudar a minha Seleção, isso é o mais importante. Mas acima de tudo é ser feliz a jogar futebol. É o que mais gosto de fazer.

 

Foi difícil sair do Benfica?

Sair do Benfica foi muito complicado porque criei lá família, posso dizer. Tenho as melhores amigas lá. É um clube que eu mal cheguei, apaixonei-me, pela intensidade, pelo ambiente no estádio a ver os jogos masculinos. Por isso gosto muito do Benfica, tenho um carinho enorme pelo Benfica, mas o meu destino acabou por passar por França e estou muito feliz aqui.

 

O Benfica pode ser Campeão em Portugal?

Claro que sim. Começámos o projeto com grandes jogadoras. A qualidade está lá, o talento está lá, a força de vontade está lá, temos algumas jogadoras que são as melhores de Portugal, ponto final. Acho que o Benfica tem muita qualidade, e a Supertaça que o Benfica venceu, demonstrou isso, mas ainda há um Campeonato pela frente. Sinto que no final o Benfica vai sorrir e vai erguer aquela Taça. Vou ficar muito contente com isso.

 

Um dos seus objetivos é representar a Seleção portuguesa?

Sim. O objetivo é passar pela Seleção, ajudar a Seleção, evoluir, jogar contra outros países. Já que estou aqui a experienciar uma qualidade enorme, jogar com equipas completamente fora do normal, também gostava de jogar frente a Seleções fora do normal.

 

A Jassie tem também origens brasileiras?

A minha mãe é portuguesa, o meu pai é brasileiro. Eu gosto muito do Brasil, gosto muito de Portugal, alias eu cresci e convivi até aos meus 12 anos com Brasileiros, por isso tenho os genes brasileiros. Tenho meia vida brasileira também, mas se sorrir de um lado, se sorrir do outro, vou ficar muito contente, eu quero é ajudar. Quero ajudar a minha Seleção portuguesa, mas se o destino não passar por Portugal, vou sorrir, como sempre sorri e jogar futebol.

 

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LusoJornal