LusoJornal / Dominique Stoenesco

Governo decreta luto nacional para dia do funeral de Manuel Cargaleiro


O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, anunciou ontem que o Governo vai decretar um dia de luto nacional para o dia das cerimónias fúnebres do artista plástico Manuel Cargaleiro, que morreu ontem com 97 anos.

“Em acordo com Sua Excelência o Presidente da República, o Governo vai aprovar a declaração de luto nacional no dia em que se realizem as exéquias de Manuel Cargaleiro”, anunciou Luís Montenegro numa nota enviada às redações.

No texto, o líder do executivo manifesta o seu “profundo pesar” pela morte Manuel Cargaleiro, que classificou de “artista multifacetado, conhecido do grande público sobretudo pela sua obra como pintor e ceramista”.

“Cargaleiro dominou a cor e a geometria de forma marcante, imprimindo à arte contemporânea portuguesa um traço inconfundível”, escreve.

Luís Montenegro lembra que, ao longo da carreira, as criações de Manuel Cargaleiro “expressaram sempre a sua visão poética do mundo, construindo um legado reconhecível por diversas gerações de portugueses”.

Sendo um homem do mundo, foi também um cidadão sensível às suas origens, tendo escolhido Castelo Branco para instalar o seu Museu e a sua coleção, permitindo a tantos visitantes um conhecimento mais vasto da sua obra. Deixa um legado que muito prestigia a arte portuguesa e Portugal”, conclui o Primeiro-Ministro, expressando ainda as suas “sentidas condolências” à família e amigos.

Segundo disse à Lusa a mulher, Isabel Brito da Mana, Manuel Cargaleiro “morreu tranquilo, rodeado pelos seus, adormeceu”.

O artista plástico nasceu em 16 de março de 1927 em Chão das Servas, no concelho de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco e viveu entre Lisboa e Paris.

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