Governo português preocupado com lusodescendente encontrado morto em França

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou que, apesar de o jovem encontrado morto em França não ter nacionalidade portuguesa, esse facto não afasta o lusodescendente “das preocupações” do Governo português.

“O facto de não ter a nacionalidade portuguesa não o afasta das nossas preocupações e, sobretudo, da nossa tristeza e da solidariedade com a sua família, visto que é filho de portugueses”, afirmou o ministro.

O chefe da diplomacia portuguesa indicou que “as autoridades francesas abriram um inquérito, o primeiro-ministro francês já se pronunciou sobre os resultados preliminares do inquérito e a investigação continua para que as responsabilidades sejam apuradas”.

Questionado sobre se a família do jovem pediu ajuda ao Governo português, o ministro respondeu que até “ontem [terça-feira] ao fim da tarde não tinha pedido”.

Edouard Philippe afasta ligação entre intervenção policial e morte de lusodescendente

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, disse na terça-feira que as conclusões do relatório da Inspeção Geral da Polícia não estabelecem qualquer ligação entre a intervenção policial em Nantes e o desaparecimento do lusodescendente Steve Maia Caniço.

O primeiro-ministro falava depois da confirmação pelas autoridades de que um corpo retirado do rio Loire, na segunda-feira à noite, era do jovem lusodescendente de 24 anos, que estava desaparecido há mais de um mês.

Steve Maia Caniço estava desaparecido desde 22 de junho, em França, tendo sido visto pela última vez durante uma intervenção policial numa festa em que participava, em Nantes.

Edouard Philippe adiantou que o relatório evidencia as dificuldades ligadas à intervenção policial, adiantando que o arremessar “consecutivo” de projéteis contra os polícias levou ao uso de gás lacrimogéneo.

Segundo o primeiro-ministro francês, as conclusões da investigação levantam também dúvidas sobre a organização da festa.

 

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LusoJornal