Greve geral: Sindicato dos trabalhadores consulares regista “forte adesão” nos Consulados e Embaixadas


Na sequência da greve geral convocada, para o dia de hoje, pelas centrais sindicais CGTP e UGT, o Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (STCDE), ao estar inserido na Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) informou em comunicado que a greve geral regista uma “forte adesão” nos Serviços Periféricos Externos do MNE (nomeadamente Embaixadas e Consulados).

Numa nota enviada no fim da manhã ao LusoJornal, o STCDE anunciava o encerramento total das Embaixadas de Portugal em Roma, junto da Santa Sé, em Bucareste, em Londres, em Nova Deli, em Brasília, mas também dos Consulados-Gerais de Portugal em Londres, em São Paulo e todos os postos na África do Sul.

STCDE fala de “impacto significativo” no Consulado-Geral de Paris

Na mesma nota, o STCDE dá conta de um “impacto significativo no funcionamento” do Consulado-Geral de Portugal em Paris, mas também no Consulado-Geral de Portugal em Genebra e no Escritório Consular de Portugal em Lugano.

“O STCDE sublinha que esta adesão expressiva demonstra, o quão sensíveis estão os trabalhadores perante eventuais limitações legais nos seus direitos laborais, operada pela reforma laboral proposta pelo governo”, diz o Sindicato do qual a Secretária Geral é Rosa Teixeira Ribeiro, funcionária do quadro do Consulado-Geral de Portugal em Paris e que já foi Vice-Cônsul de Portugal em Nantes.

“Sendo certo que estes trabalhadores ao serviço do Estado Português no estrangeiro têm garantido, ao longo dos anos, um serviço público essencial às Comunidades portuguesas, muitas vezes em contextos de elevada pressão, carência de recursos e desigualdade de condições face à administração pública em Portugal, a mobilização verificada hoje procura chamar a atenção para esta realidade mediante uma resposta firme a este pacote laboral, que ao vigorar, será atentatório dos seus direitos, representando um verdadeiro retrocesso social” diz ainda a nota de imprensa enviada às redações.